Esportes

Brasil espera ficar em quinto lugar no quadro de medalhas paralímpico

A Vila dos Atletas voltou a ficar em festa. As delegações paralímpicas começaram a chegar na semana passada e, enquanto os Jogos não começam, as projeções e chances de medalha são os assuntos dominantes nas delegações. Com o Brasil não é diferente porém com uma preocupação a mais: ser o país anfitrião gera responsabilidade com a organização do evento, pelo menos para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parkison, que ontem fez uma vista à vila.

Antes mesmo de falar de custos e organização do evento, que começa na próxima quarta-feira, o presidente do CPB foi categórico ao dizer que a exclusão da Rússia da competição não garante que Brasil subirá de posição. Em Londres, a Rússia ficou em quarto e o Brasil em sétimo.

? Nossa meta é ficar em quinto lugar. E essa é a meta possível, Pelos nossos resultados no Parapan e nos Mundiais, cumpriremos essa meta. Mas com a saída da Rússia, não podemos dizer que temos chances de ficar em quarto porque não é assim, não é saiu a Rússia e todo mundo sobe de posição. As medalhas da Rússia serão disputadas por outros países fortes ? disse Parsons, para depois explicar sua conta.

? Se você têm um medalhista de prata na natação, em Londres, onde a Rússia foi ouro, esse medalhista pode perfeitamente levar o primeiro lugar e garantir que seu país suba de seleção. Claro que todo mundo faz suas contas sem Rússia, nós fizemos também. Mas não vamos mudar nada por isso.

Se a planejamento esportivo está dentro dos conformes, Andrew passou bons sustos com a organização das Paralímpiada por problemas financeiros. Com o custo de cerca de US$ 350 milhões, cerca de R$ 900 milhões, ele viu a ameaça no orçamento e o remanejamento dos Jogos ameaçado a menos de três semanas do início. Hoje, ele respira aliviado.

? Quando nós orçamos a Paralímpíada, sempre dissemos que precisaríamos de um aporte de dinheiro público. A crise que assolou o comitê, por conta da alta do dólar, nos atingiu mais pelo fato de a Paralímpíada acontecer logo depois das Olimpíadas. Mas esse custo de quase R$ 1 bilhão só é ?baixo? e os Jogos só são viáveis porque usamos a estrutura que já estava lá para a Olimpíada. O nosso overlay é muito básico.

INGRESSO PERTO DA META

Segundo Parsons, o governo está liberando a verba de R$ 250 milhões que foi prometida para a realização, e isso já não preocupa mais. As adaptações de acessibilidade para os atletas das arenas e da Vila Paralímpica foram feitas sem problemas e o planejamento não está comprometido. A verba e o pessoal já seriam menores, de acordo com o projeto inicial.

Até a venda de ingressos que chegou a preocupar não é mais uma questão. Era esperado para ontem à noite que mais 1,5 milhões de ingressos fossem vendidos. Como elas acontecem pela internet, até a hora do fechamento desta edição não havia a confirmação desse número. A meta final é que 2 milhões de bilhetes sejam vendidos até o início da Paralimpíada.

? Temos 2,4 milhões à venda. Mas a meta é vender 2 milhões. Como presidente do CPB posso dizer que teremos o Brasil no pódio quase todos os dias. E a torcida é importante. Tenho certeza que as pessoas vão ver que o esporte paralímpico é incrível ? convocou Parsons, entusiasmado.

Os ingressos estão à venda no site do www.rio2016.com.