Economia

Paraná foi o estado que mais gerou empregos nos pequenos negócios em 2020

Com as 38.272 novas vagas, as micro e pequenas empresas paranaenses foram responsáveis por 72,6% do total de empregos criados em 2020

Paraná foi o estado que mais gerou empregos nos pequenos negócios em 2020

O Paraná foi o estado brasileiro que mais gerou empregos entre os pequenos negócios do Brasil em 2020, segundo um estudo do Sebrae Nacional a partir de dados do Caged (Cadastro Geral de Empregos e Desempregos), do Ministério da Economia. O saldo foi de 38.272 novas vagas, 72,6% do total de 52.670 empregos gerados no ano passado.

A diferença foi de quase 3 mil vagas a mais em relação ao segundo colocado, Minas Gerais, com 35.885, e de mais 10 mil na comparação com Santa Catarina (27.122) em números absolutos. O resultado positivo veio mesmo com a diminuição no número de vagas no mês de dezembro, que totalizou saldo negativo de 3.437 postos de trabalho.

Segundo o Sebrae, os 52.670 empregos gerados em 2020 no Paraná estão divididos em 38.727 vagas criadas a partir das MPE (micro e pequenas empresas), com até 99 funcionários, e 14.414 pelas MGE (médias e grandes empresas), com mais de 100 empregados. A administração pública teve saldo negativo de 113, no ano de 2020.

De acordo com o Sebrae, a geração de empregos nos pequenos negócios sofreu uma queda com a pandemia, mas começou a se recuperar especialmente com a retomada da economia no segundo semestre. Até setembro o saldo em 2020 no estado era negativo, mas, com os bons números de outubro e novembro, as MPE se recuperaram e puxaram o saldo positivo total no Estado em 2020.

“A geração de vagas em MPE correspondeu a 72,6% do total de empregos no Paraná, em 2020. É a prova da capacidade dos empreendedores de micro e pequenas empresas que, mesmo diante da crise, buscaram formas de adaptar, criar e inovar para enfrentar o cenário da pandemia”, destacou Vitor Roberto Tioqueta, diretor-superintendente do Sebrae/PR.

Segundo Suelen Glinski, chefe do Departamento do Trabalho e Estímulo à Geração de Renda da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, parte dessa conquista se deve ao empenho da administração estadual e do trabalho do Sebrae no estímulo a essas contratações. “As micro e pequenas empresas foram fundamentais nesse movimento de retomada após a chegada do coronavírus. O que também mostra que o paranaense teve que se reinventar ao longo desse período”, afirmou.

Ela também citou o lançamento do Cartão Futuro, estimulando a contratação de jovens aprendizes e a manutenção de 15 mil já contratados, no final de 2020, e a intenção de transformar as Agências do Trabalhador em Agências de Trabalho e Empreendedorismo para atender o trabalhador com perfil empreendedor com acesso a microcrédito produtivo e orientação e capacitação com apoio do Sistema S. “Estamos de olho no futuro dessa retomada econômica e queremos avançar ainda mais”, acrescentou.

 

Brasil

Os pequenos negócios se recuperaram e fecharam o ano com a geração de 293,2 mil novos empregos no País. Já as MGEs foram na contramão, extinguindo 193,6 mil postos de trabalho. No cálculo geral, as pequenas empresas foram as grandes responsáveis pelo saldo final de 142,7 mil empregos gerados no país durante o ano, considerando empresas de todos os portes.

Em dezembro de 2020, foram as MPE do comércio que puxaram a geração de empregos, criando cerca de 48 mil novos postos de trabalho no País e foram seguidas pelas MPE do setor de serviços, com a geração de 16,4 mil vagas.

 

Empregos no Paraná

O Paraná abriu 52.670 vagas de emprego em 2020, mesmo em um ano marcado pela pandemia. Esse foi o segundo melhor resultado do País, com apenas 380 contratações a menos do que Santa Catarina. Ele é superior ao saldo positivo de todos os estados do Nordeste e do Centro-Oeste. O Paraná foi responsável por 36,9% do resultado nacional no ano passado, que foi de 142.690 novas vagas.

O saldo de empregos do ano passado foi superior inclusive a 2019, que fechou em 51.441 vagas abertas. Foi o melhor indicador do Paraná nos últimos sete anos.

Na evolução mensal, foram oito meses com saldo positivo, sendo seis consecutivos após o primeiro impacto da pandemia, entre março e maio. Os meses com registros de alta foram janeiro (18.111), fevereiro (28.729), junho (1.959), julho (14.212), agosto (16.557), setembro (19.909), outubro (32.564) e novembro (28.940).

Os setores que mais se destacaram no acumulado do ano de 2020 foram indústria de transformação (25.880), seguido de construção civil (14.855), comércio (7.967), agricultura (1.657) e serviços (629). Além disso, apenas um setor apresentou resultado negativo no acumulado do ano: serviços industriais de utilidade pública (-79).

 

Fonte: AEN