Cascavel – Em uma sequência de seis meses de queda em relação ao ano passado, as exportações de agosto da região oeste apresentam a menor diferença até então. Mês passado, os oito principais exportadores da região despacharam US$ 144,682 milhões, 21,5% a menos que no mesmo período de 2019 (US$ 184,395 milhões). No ano, a diferença ainda é de 28%, totalizando US$ 1,235 bilhão em 2020, contra US$ 1,715 bilhão observados nos oito primeiros meses do ano passado, que foi o melhor que história.
Dos US$ 480 milhões vendidos a menos, 95% se referem a três produtos: soja, aves e milho. Apenas de soja, a região faturou US$ 341,5 milhões a menos neste ano. Aves tiveram queda de US$ 81,7 milhões e milho, US$ 36,2 milhões.
Em contrapartida, houve expressivo aumento nas exportações de suínos, de 27,7%, rendendo US$ 116 milhões nesses oito meses. Com isso, o produto ampliou sua participação na pauta de exportações, representando 9,4% de tudo o que foi vendido na região.
Apesar da queda, as aves se mantiveram na liderança, com 57% das vendas. No total, o complexo carne respondeu por 74,5% de tudo o que é comercializado para fora do País. Até ano passado, respondia por 57,9%, pois a soja dominava 27,8% das vendas.
A China se mantém como nossa principal compradora, com 34,7% do mercado, embora a fatura ainda seja 22% menor. Neste ano, foram faturados US$ 428,8 milhões para os gigantes, contra US$ 551,3 milhões no mesmo período do ano passado.
Com quedas expressivas da Espanha (-82,7%), da Alemanha (-60,7%) e dos Estados Unidos (-27,6%), o Paraguai ampliou sua fatia na pauta comercial de 8,3% para 11,1%, assim como Japão, Reino Unido, Hong Kong, Coreia do Sul, Cingapura e Emirados Árabes.
Dos oito principais exportadores da região – que representam 97% do total do oeste -, apenas dois conseguiram vender mais neste ano: Medianeira, com alta de 33%, e Marechal Cândido Rondon (+19,3%). A queda mais expressiva é de Toledo, de 95,4%. A maior parte da diferença é devido à exportação de soja, que ano passado foi recorde e, neste ano, segue praticamente zerada.
Contudo, mesmo com a queda de 28% em relação a 2019, a região caminha para seu segundo melhor resultado da história.