Brasília – Após a pressão de ministros e do Congresso Nacional por mais recursos para o Pró-Brasil, plano de retomada dos investimentos, o Governo Jair Bolsonaro deve destinar R$ 6,5 bilhões do Orçamento para obras públicas. A informação é do Estadão.
Desse valor, R$ 3,3 bilhões serão indicados diretamente pelos parlamentares e poderão ser usados para contemplar ações em seus redutos eleitorais. Os Ministérios do Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura devem receber R$ 1,6 bilhão cada.
O valor negociado é um revés para o ministro da Economia, Paulo Guedes, que queria limitar a verba a R$ 4 bilhões e priorizar a aprovação de novos marcos regulatórios para atrair o capital privado. Por outro lado, o ministro conseguiu evitar uma manobra “fura teto”.
Os recursos serão remanejados de outras áreas, em vez de serem liberados por meio de crédito extraordinário, como chegou a ser cogitado pela ala política do governo. O crédito extraordinário fica fora do teto, mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação.
O aumento do valor, que até o início da semana estava fixado em R$ 5 bilhões, ocorre após uma disputa travada nos bastidores entre ministros e o Congresso Nacional pela divisão do dinheiro. Os parlamentares queriam aumentar sua fatia no bolo, ao mesmo tempo em que o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, manifestou sua insatisfação com o espaço pequeno que teria nas verbas.