A primavera começa às 16h21 desta quarta-feira (22). Segundo a previsão do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), o primeiro dia da estação será parcialmente nublado nas regiões Oeste, Noroeste, Norte, Norte Pioneiro, Sul, Sudoeste, Litoral e Região Metropolitana de Curitiba.
“Para os próximos meses estão previstas variações bruscas da temperatura do ar em curtos períodos devido à passagem de frentes frias sobre o Paraná”, afirma o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.
Nos períodos secos, o rápido aquecimento diurno formará ondas de calor, sobretudo nas faixas Norte e Oeste. No Litoral, a temperatura média do ar e o regime de chuvas seguirão os padrões climatológicos da estação. Nas demais regiões, a temperatura média do ar tende a ficar acima da média e as chuvas devem manter-se abaixo do normal.
Neste ano está prevista a ocorrência do fenômeno La Niña nas águas do Oceano Pacífico Equatorial que provoca o resfriamento da temperatura da superfície das águas e altera os padrões globais de chuvas e temperaturas.
Por ser uma estação de transição entre os regimes climáticos do inverno e do verão, a primavera favorece eventos meteorológicos severos como fortes rajadas de ventos, granizo, chuvas volumosas e grande quantidade de raios, que só podem ser detectados em curto prazo.
Impactos da crise hídrica
A agrometeorologista do IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater), Heverly Morais, alerta para os impactos da crise hídrica e dos eventos meteorológicos extremos sobre a agricultura.
“As grandes culturas como soja, milho e feijão podem sofrer atraso na semeadura, germinação desuniforme da lavoura, crescimento inadequado das plantas e mau desenvolvimento dos grãos”, afirma. Ela recomenda ao produtor escalonar a semeadura em talhões com cultivares de ciclos diferentes, manter o equilíbrio nutricional das plantas, utilizar sementes de boa qualidade, bem como não empregar população superior à indicada.
Culturas como café, cana-de-açúcar, mandioca e frutíferas correm alto risco de serem prejudicadas pela má distribuição das chuvas ao longo da estação. Além disso, as altas temperaturas podem afetar as hortaliças, sobretudo as folhosas.