Cotidiano

PRC-280 ganha 1° quilômetro de concreto; obras avançam em ritmo rápido no Sudoeste

A técnica de whitetopping, utilizada em países de primeiro mundo, está sendo aplicada pela primeira vez no Estado no trecho entre Palmas e Novo Horizonte, que era o mais degradado da rodovia do Sudoeste

Pavimentação em concreto ca PRC-280 avança 1 Km por dia.  Palmas, 20/12/2021 -  Foto: Geraldo Bubniak/AEN
Pavimentação em concreto ca PRC-280 avança 1 Km por dia. Palmas, 20/12/2021 - Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Quem passa pela PRC-280, no trecho que vai de Palmas ao Trevo Novo Horizonte, já consegue ver o progresso da pavimentação em concreto que vai restaurar os 59,55 quilômetros mais degradados da rodovia. A obra, uma das mais aguardadas na região Sudoeste, também será um marco na engenharia rodoviária estadual, já que a PRC-280  será  a primeira a receber restauração em concreto com a técnica conhecida como whitetopping.

A colocação do concreto começou há menos de uma semana e está em ritmo acelerado, alcançando quase um quilômetro por dia. Mas as obras iniciaram bem antes, com a preparação da pista e dos acostamentos existentes para receber as placas de concreto de 22 centímetros de espessura.

Foi feita a fresagem na pista de rolamento e o nivelamento dos acostamentos, que foram preenchidos com brita. O concreto, que também será usado nos acostamentos, vai restaurar completamente o pavimento. A obra prevê, ainda, a adequação dos dispositivos de drenagem, da sinalização horizontal e vertical e de elementos de segurança.

Até o final do ano, devem ficar prontos pelo menos seis quilômetros de meia pista. No final da segunda-feira (20), haviam sido implantadas placas de concreto em 1,3 quilômetros e 19 quilômetros já estavam preparados para o whitetopping.

“O whitetopping é uma solução utilizada nos países de primeiro mundo. Enquanto o recapeamento com asfalto comum dura em média cinco anos, com esta técnica o tempo de vida útil do pavimento é de no mínimo 20 anos e pode chegar a 30 anos”, diz o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

“Restaurar a PRC-280 era uma promessa que estamos cumprindo e a decisão pelo concreto vai garantir a qualidade e durabilidade da rodovia, que é o principal corredor de escoamento do Sudoeste”, acrescenta. Ratinho Junior destaca outra vantagem na aplicação do concreto: a rapidez.

AVANÇO – O governo tem pressa para entregar a obra. “A previsão é concluir tudo em julho de 2022”, afirma o chefe da Casa Civil, Guto Silva.

“A restauração da PRC-280 foi prometida por vários governos, mas nunca aconteceu e a rodovia era mantida apenas com tapa-buracos, que não resolviam o problema. O concreto é a uma solução definitiva para este trecho por onde passam diariamente quase 2 mil veículos pesados”, completa.

O investimento na restauração do trecho é de R$ 107,4 milhões e faz parte do Avança Paraná, programa do Governo do Estado que utiliza recursos financiados pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal.

Guto Silva também lembra que, além da pavimentação em concreto, outras obras estão em andamento na PRC-280. “Estão sendo implantadas cerca de 13 quilômetros de terceiras faixas em outro trecho da rodovia, um investimento de R$ 26,8 milhões”, diz.

São 18 segmentos de Palmas a Marmeleiro. Em 13 já foi realizada a etapa de drenagem. E em União da Vitória, um outro trecho da via em terceira faixa está quase pronto, o que totaliza 19 melhorias ao longo da PRC-280.

MEIA PISTA – O engenheiro do DER-PR, Paulo Melani, explica que até julho, por conta das obras, o trecho de Palmas ao Trevo Novo Horizonte, no entroncamento com a BR-153, que dá acesso à Santa Catarina, terá bloqueio de tráfego. Ele recomenda que os motoristas evitem utilizar a rodovia.

“Nos próximos meses, o tráfego de veículos do quilômetro 70,8 ao 130,35 ficará em meia pista no sistema de bandeira Pare-e-Siga 24 horas por dia. Pedimos paciência a todos para aguardar o tempo necessário ou então utilizar um desvio”, afirma.

Para quem segue para Curitiba e Paranaguá, Melani orienta ir por Guarapuava, e quem vai para Santa Catarina sugere que já desça em Abelardo Luz, evitando a barreira atual de 20 quilômetros, em que pode haver até 2 horas de parada, dependendo o movimento.

(AEN)