
Este ano, Cristina já prestou depoimento no caso sobre supostas irregularidades em operações de venda de dólar futuro no Banco Central, em mãos do juiz Claudio Bonadio. O magistrado, que já processou a ex-chefe de Estado, foi o primeiro em decretar a indisponibilidade dos bens da ex-presidente e, também, o congelamento de suas contas bancárias. A medida adotada por Bonadio incluiu, ainda, cofres bancários de Florencia Kirchner, filha de Cristina, onde foram encontrados cerca de US$ 4,6 milhões.
Mas o caso Hotesur é muito mais delicado para o kirchnerismo, já que as acusações contra a ex-presidente mencionam suposta lavagem de dinheiro e associação ilícita. Além de Cristina, foram convocados outros ex-funcionários kirchneristas envolvidos no processo, entre eles o ex-ministro do Planejamento, Julio De Vido, e o ex-secretário de Obras Públicas, Julio López, preso desde junho passado, quando a polícia o encontrou tentando esconder US$ 9 milhões num mosteiro localizado na província de Buenos Aires.
Os processos contra ex-funcionários kirchneristas estão avançando em ritmo acelerado nos tribunais portenhos. Especula-se que Cristina poderia ser processada por Ercolini antes do final deste ano e até mesmo enfrentar uma ordem de detenção em outros casos paralelos. Por enquanto, são apenas rumores que circulam nos tribunais, mas as provas contra a ex-presidente são cada vez mais contundentes.