Quatro Pontes está em situação alarmante sobre a dengue. Conforme os dados da 20ª Regional de Saúde de Toledo e do Ministério da Saúde, o índice de infestação do mosquito transmissor chegou a 896%, sendo que o preconizado é menos de 1%. Quatro Pontes tem apenas 4.015 pessoas, mas já tem 40 casos confirmados da doença, inclusive uma criança de um ano e outra de seis, número que dia a dia tem elevado consideravelmente. Há, ainda, seis casos descartados ou em investigação e 46 notificados, conforme a Secretaria de Saúde.
Devido a essa situação, reuniões tem sido realizadas para debater ações emergenciais, a fim de resolver a epidemia de dengue. Na última sexta-feira (17), o Comitê Municipal de Mobilização contra a Dengue promoveu uma reunião extraordinária no Centro de Saúde.
Há dias uma ampla ação de bloqueio vem sendo feita pelas agentes de endemias, que agora tem recebido a ajuda de agentes comunitários de saúde. O trabalho consiste em visitas para eliminar o mosquito Aedes aegypti, sendo que focos de larvas estão sendo encontrados em toda a cidade. A maior parte dos depósitos é em vasos e pratos de plantas, baldes de lixo, cisternas, baldes que coletam água da chuva e em lixo reciclável.
A enfermeira da epidemiologia Maíra Cristina Risse alerta toda a população, destacando que a situação do Município é extremamente grave: “Estamos bastante preocupados. Na sexta-feira os casos confirmados eram 22 e havia 31 em investigação. Ontem [segunda] tinha 36 e hoje [terça] subiu para 40 pessoas. Já realizamos duas reuniões para elaborar um plano de ação, algo que envolva as secretarias e convoque as lideranças e a população para auxiliar no combate à dengue. O quadro de epidemia já triplicou no Município. É uma situação realmente muito preocupante. Temos crianças com dengue e vários idosos. Nesse público, a doença age de forma muito mais perigosa porque ela desidrata em alto grau. As agentes estão fazendo um cansativo trabalho de campo e parabenizo quem está cuidando do quintal. As pessoas que ainda não o fazem, pedimos gentilmente que tomem alguma atitude. Ajude-se e ajude o vizinho. Temos, urgentemente, que nos unir para combater a dengue”, enfatiza.