O município de Cascavel tem um problema urgente: o aumento agressivo de casos de dengue. De acordo com o novo Boletim Epidemiológico da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Cascavel contabiliza de julho de 2019 até 29/02, 392 casos confirmados de dengue. Até semana passada, eram 286 casos, ou seja, um aumento de 37%. Além disso, outros 704 casos estão em análise por serem considerados suspeitos e 636 foram descartados. Vale destacar que o Município conta com alto índice de infestação de 5,2% do LIRAa (Levantamento de índice Rápido Amostral por Aedes aegypti), deixando o cenário cada vez mais preocupante.
Apesar de inúmeras ações de combate, o poder público reforça que a comunidade precisa desempenhar seu papel e auxiliar no combate ao mosquito, eliminando focos e criadouros. “Além da infestação alta, as condições climáticas são favoráveis para a proliferação do Aedes. E ainda o número de focos e criadouros continua grande, refletindo nesse aumento de casos”, explica a diretora de Vigilância em Saúde, Beatriz Tambosi.
Conforme a diretora, é preciso prestar atenção em qualquer tipo de água parada, pois o mosquito tem aparecido em lugares cada vez mais inusitados. “O mosquito não põe ovos só no lixo”, avisa.
Dentre os locais que precisam ser vistoriados pela população estão: tonéis com captação de água da chuva, aquários sem bomba de oxigenação, pratos de vasos de plantas, bebedouro de animais, tanque de roupas que ficam com água empossada no fundo, coletor de água da saída do ar-condicionado, lixeiro sem tampa e sem furo embaixo, piscinas de plástico, cisternas, caixas de gorduras e plantas aquáticas, pequenos objetos nos quintais; como tampas de garrafas, copos plásticos e brinquedos infantis.
Agentes de Endemias
Conforme o balanço da Vigilância em Saúde Ambiental, de 1º de janeiro de 2020 até 29 de fevereiro deste ano, a equipe de Endemias já visitou 90.218 residências. Desse total, 38.086 foram li +t, as chamadas visitas de raios onde tiveram casos suspeitos. “São locais onde foram feitos os trabalhos de raio, ou seja, de 300 metros no entorno da residência com tratamento de larvicida”, explica da diretora de Vigilância em Saúde, Beatriz Tambosi.
Aos imóveis que não foram vistoriados por falta de moradores, a Secretaria de Saúde recomenda que o cidadão entre em contato para agendar uma visita dos agentes de Endemias. O agendamento pode ser marcado inclusive nos fins de semana. Os telefones para contato são: (45) 3902-1769 ou o (45) 3902-1343.