O comércio paranaense apresentou queda de 3,75% nas vendas no mês de setembro segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Os setores que tiveram os faturamentos mais baixos foram óticas, cine-foto-som (-17,01%), calçados (-11,73%) e vestuário e tecidos (-9,04%). Até mesmo as lojas de materiais de construção (-1,81%) e os supermercados (-1,90%), que expandiram consideravelmente durante a pandemia, apresentaram redução nas vendas em setembro.
A retração aconteceu em todas as regiões do estado, principalmente no Sudoeste, onde a baixa nas vendas foi de 6,83%. Com índices bastante semelhantes, o varejo de Londrina (-4,89%), Ponta Grossa (-4,63%) e Curitiba e RM (-4,63%) também ficaram no vermelho em setembro. Com menores quedas, a região Oeste apresentou baixa de 0,88% e Maringá, de 0,26%.
Diante das consecutivas quedas nos índices do comércio, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a expectativa do volume de vendas no comércio varejista para este ano de +3,6% para +3,1% e projeta avanço de 1,2% para o setor em 2022. A inflação é o principal fator que leva a entidade a reduzir expectativa de volume de vendas no comércio varejista em 2021.
Acumulado do ano é de alta
Apesar de setembro ter sido outro mês ruim nas vendas, o comércio paranaense acumula alta de 10,34% de janeiro a setembro na comparação com o mesmo período de 2020. O setor de óticas, cine-foto-som, por exemplo, acumula elevação de 24,37%; as concessionárias de veículos (19,39%), lojas de autopeças (19,27%) e de vestuário e tecidos (19,22%).
Na análise regional, Londrina se destaca no acumulado do ano, com aumento de 16,36% nas vendas, seguida pela região Oeste (9,56%), Curitiba e RM (9,52%), Maringá (9,34%), Sudoeste (8,75%) e Ponta Grossa (6,80%).
Setembro/2021 x Setembro/2020
Mesmo com o avanço da vacinação e atenuação da pandemia, o faturamento do varejo foi pior do que em setembro de 2020, quando o número de casos e mortes por Covid-19 era muito maior. As vendas foram 1,36% menores na comparação de setembro de 2021 com o mesmo mês do ano passado. Os setores com as quedas mais expressivas foram as lojas de departamentos (-10,39%), móveis, decorações e utilidades domésticas (-7,63%) e as livrarias e papelarias (-4,52%). Por outro lado, apresentaram crescimento os ramos de vestuário e tecidos (25,95%), autopeças (3,41%), farmácias (3,22%) e combustíveis (0,55%).
(Assessoria)