Policial

Grupamento aéreo da Polícia Civil completa 441 operações em 4 anos

Criado em 17 de junho de 2016, 83% das operações programadas foram fruto do trabalho de polícia judiciária da PCPR e o restante de apoio a outras forças de segurança

Grupamento aéreo da Polícia Civil completa 441 operações em 4 anos

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) comemora quatro anos de criação de seu Grupamento de Operações Aéreas nesta quarta-feira (17). Nesse período, a frota atuou em 441 operações programadas para cumprimento de mandados e foi ampliada de uma para quatro aeronaves. O grupamento também promoveu o primeiro curso de pós-graduação em operações aéreas de segurança pública do País.

Das operações programadas realizadas entre 17 de junho de 2016 até maio deste ano, 83% foram fruto do trabalho de polícia judiciária da PCPR e o restante de apoio a outras forças de segurança – Polícia Federal, Polícia Militar, Guarda Municipal e Bombeiros Militar.

O grupamento aéreo da PCPR também atua de forma emergencial. Em quatro anos foram 264 voos de apoio desse tipo, 73% deles para atuar em ocorrências da própria PCPR. Os demais voos de emergência ocorreram em apoio à Polícia Militar, Casa Militar (43), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Forças Armadas (22) e Guarda Municipal (6).

Os voos emergenciais são, em sua maioria, para ocorrências policiais, mas também incluem o atendimento a situações de crise, como é o caso da pandemia da covid-19.

Desde 2016, houve 209 voos de repressão qualificada, em que o objetivo é sobrevoar locais onde há maiores índices de determinados delitos, contribuindo para a efetividade das ações de polícia judiciária.

As aeronaves da PCPR ainda fizeram cinco voos para transporte de órgãos para transplante e 10 voos em ocorrências relacionadas ao arrebatamento de presos e rebeliões em unidades prisionais.

EVOLUÇÃO – O delegado Renato Coelho explica que no início das atividades a atuação tinha foco na repressão aos crimes relacionados ao tráfico de drogas, conforme prevê o decreto 4.385 de 2016. Mas, que ao longo dos anos, a operacionalização do grupamento aéreo da PCPR ganhou solidez em todos os trabalhos de polícia judiciária.

“Nós intensificamos as atividades aéreas. Os policiais que não estavam acostumados com essa nova ferramenta passaram a entender a importância do trabalho que faziam e que, somado à atividade aérea, poderiam potencializar os resultados. Nós criamos a cultura do apoio aéreo e hoje não se faz mais polícia judiciária sem apoio aéreo necessário, diz Coelho.

O delegado da PCPR elenca as vantagens do uso de aeronaves na atividade policial e destaca que ela permite uma visão mais ampla do que está ocorrendo em terra. “A aeronave é utilizada como plataforma de observação e com ela podemos posicionar os policiais em uma melhor área, evitar situações de riscos para as equipes”, afirma.

A ferramenta chamada de night sun (ou sol da noite) também é muito usada pelas equipes. Com esse equipamento é possível iluminar uma área grande, maior do que um campo de futebol, durante as operações programadas, que geralmente ocorrem às 6 horas. Desta forma, aumenta a capacidade de encontrar objetos ilícitos e presos em fuga.

A respeito do apoio a outras ações no Paraná, o delegado da PCPR ressalta a colaboração nas atividades durante a pandemia. “Mais recentemente nós apoiamos a Casa Militar no transporte de material biológico para exames de Covid-19. Através da rede de saúde pública foi possível fazer esse transporte de exames do Interior para o Laboratório Central do Estado, em Curitiba”, disse Coelho.

CONHECIMENTO – Em 2019, a PCPR abriu o primeiro curso de pós-graduação em Operações Aéreas de Segurança Pública, realizado no Brasil. O curso de especialização teve duração de 46 dias com aproximadamente 580 horas de aula.

Durante esse período, os policiais foram submetidos a intensos treinamentos práticos específicos de operacionalização das aeronaves, embarque e desembarque em aeronaves de asas rotativas, tiro embarcado, treinamento em água, apneia, flutuação, salvamento, assim como operações em fronteiras, travessias marítimas, rapel e interação com outras unidades de polícia do Brasil. Oito policiais do Paraná se formaram especialistas.

FROTA – O Governo do Estado iniciou o grupamento aéreo da Polícia Civil do Paraná em 2016 com um helicóptero R44, fruto de perdimento da Justiça Federal, que hoje é definitivo na frota. De lá para cá, mais um helicóptero de mesmo modelo e um avião Beecheraft modelo Baron B58 se somaram após perdimento judicial. O helicóptero Eurocopter AS 350 locado completa a frota.

Desde que foi criado, o grupamento aéreo contabiliza 1,6 mil horas de voo. As atividades iniciaram provisoriamente no hangar da Polícia Rodoviárias Federal no Aeroporto do Bacacheri, em Curitiba. O hangar da PCPR, no mesmo aeroporto, foi inaugurado em novembro de 2017.