A Câmara Municipal de Cascavel realiza nesta sexta-feira (29), das 9h às 11h, uma audiência pública para discutir alternativas para se reduzir o número de acidentes de trânsito. Para a audiência, proposta pelo presidente da Câmara, Alécio Espínola (PSC), foram convidados diversos representantes da sociedade civil organizada e órgãos de segurança e fiscalização de trânsito. A audiência será no plenário da Câmara, e terá como tema “Paz no trânsito é a gente que faz”.
Alécio Espínola explica que a ideia de promover uma audiência surgiu diante dos dados sobre acidentes de trânsito, com feridos e vítimas fatais, principalmente envolvendo motocicletas. “Entendemos que é preciso fazer algo a respeito, envolver a sociedade para construirmos um ambiente mais seguro em nossas ruas e avenidas”, disse. O vereador lembra que houve uma pequena redução na quantidade de acidentes nos últimos anos. “Mas ainda assim, os números são impactantes, então, precisamos discutir isso e criar alternativas”, justifica.
Para Alécio, os acidentes com moto representam “uma verdadeira tragédia social e também econômica”. Segundo os levantamentos realizados por órgãos oficiais, esse é o tipo de acidente de trânsito que costuma gerar o maior número de casos com vítimas e, de regra, mais graves. O vereador explica que não é possível ignorar, por exemplo, o fato de que cerca de 30% de todos os leitos hospitalares disponíveis na cidade são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito, principalmente, motociclistas e garupas.
Conforme dados apurados pela Cettrans, de 2016 a 2018, por exemplo, Cascavel registrou nada menos do que 2.276 acidentes com moto, causando milhares de vítimas com ferimentos e, inclusive, 36 mortes. “É uma tragédia”, reitera.
Exatamente por conta dos dados, Alécio afirma que a sociedade civil organizada, juntamente com as autoridades públicas constituídas e os órgãos de controle e segurança, precisam criar mecanismos de prevenção e sensibilização da população, especialmente dos condutores de veículos, para que se consiga reduzir, estrategicamente, os números de acidentes e vítimas do trânsito. “É um problema de saúde pública, um problema de segurança, mas também um problema econômico e social. Precisamos, todos, nos organizar e encontrar soluções para diminuir esse impacto em nossa sociedade”, avalia.
Para o presidente do Legislativo, o momento inclusive é bastante oportuno, considerando que a Cettrans está sendo substituída pela autarquia Transitar. “De repente, com mais dados em mãos, a partir do debate envolvendo profissionais de saúde, com nossos profissionais dos bombeiros, do Siate, Samu, especialistas em trânsito e gestores públicos, podemos encontrar caminhos para melhorar nosso trânsito, tornando um lugar mais seguro para motoristas, motociclistas, para os ciclistas e, obviamente, também para os pedestres. Enfim, buscar um trânsito mais seguro é construir uma sociedade mais desenvolvida, uma cidade mais segura e humana”, afirma.