A Polícia Civil fez a reconstituição da morte de uma criança de três anos que morava em Cianorte, no noroeste do Paraná. Laudos do IML (Instituto Médico-Legal) apontaram que o menino foi vítima de agressão.
O caso aconteceu no fim de março. A criança chegou a ser levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas morreu. O padrasto dele foi preso suspeito de envolvimento no caso.
O delegado que investiga o caso, Wagner Quinhão, disse que a reconstituição foi feita para tentar resolver dúvidas que surgiram durante a investigação.
Com o procedimento, a polícia busca entender o que aconteceu dentro da casa e durante o caminho até a UPA, onde o menino morreu.
“Os peritos realizaram todo o trabalho pericial, na residência onde a criança foi vitimada, e conseguiram apurar muitos detalhes que ajudarão no esclarecimento desse ato”, afirmou.
Segundo a polícia, os peritos reconstituíram cenas citadas nos depoimentos, incluindo a simulação de quedas relatadas.
O padrasto da criança não participou da reconstituição. Apesar disso, familiares da mãe do menino estiveram no local.
Ainda conforme o delegado, o inquérito de investigação segue para a parte final e deve ser enviado à Justiça nos próximos dias.
O caso
Após a morte do menino na UPA, funcionários chamaram a Polícia Militar (PM). Segundo a PM, a vítima tinha machucados pelo corpo.
O padrasto prestou depoimento à Polícia Civil e negou que tenha agredido o menino. Ao ser perguntado sobre os machucados da criança, o homem disse que foram causados enquanto ela brincava.
Os laudos do IML apontaram que a causa da morte foi uma hemorragia causada pelo rompimento do pâncreas. Além disso, o IML não constatou evidências que indicassem violência sexual.
Familiares da mãe do menino disseram que o casal estava junto há um ano e que viviam em uma casa aos fundos da residência da avó materna da criança.
A mãe do menino também foi ouvida. Ela disse que o convívio do padrasto com o menino, na percepção dela, era saudável, mas que a vítima não gostava de ficar sob os cuidados do homem.
A polícia apura uma possível omissão ou conivência da mulher no caso.
Fonte: Portal G1