Curitiba – A Polícia Civil do Paraná prendeu uma quadrilha suspeita de cometer furto e roubo de veículos, explosão de caixa eletrônico e até sequestro, no Paraná e em outros estados. A megaoperação, denominada Conexão São Paulo, foi realizada na terça-feira (8).
A organização criminosa pode ter adulterado mais de 300 veículos. Treze pessoas foram detidas e outros setes estão sendo procuradas. Na ação policial foram recuperados mais de 30 carros e apreendidas armas de fogo, munições, peças de automóveis e dezenas de documentos.
A operação aconteceu em 20 cidades dos Estados do Paraná, São Paulo e Bahia e contou com o apoio de policiais do Grupo de Operações Especiais de São Paulo. Foram expedidos 20 mandados de prisão e outros 64 de busca e apreensão.
No estado de São Paulo foram detidas quatro pessoas, uma delas apontada como líder da quadrilha e integrante de uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios. Em Curitiba e na região metropolitana foram detidas sete pessoas e outras duas em cidades do interior do Paraná.
Investigação
A investigação começou em junho de 2014 quando um veículo modelo Peugeot 307 foi roubado. Este carro foi usado num duplo homicídio que aconteceu no dia 15 de julho de 2014 no bairro Boa Vista, em Campo Magro, na região metropolitana de Curitiba.
A investigação mostrou que a quadrilha roubava os veículos, fazia a adulteração e os revendia até através de sites. Os veículos foram revendidos para todo o Brasil, mas principalmente para São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Bahia.
Muitos crimes começam justamente com o furto e o roubo de um carro. Estes veículos são usados em dezenas de outros crimes como explosão de caixa eletrônico, roubos, furtos e sequestros, explicou o delegado Cassiano Aufiero, titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, que comandou as investigações.
Segundo o delegado, os veículos roubados eram adulterados e depois revendidos por um preço bem inferior ao praticado no mercado.
Drogas
A investigação mostrou que nem todos os veículos furtados e roubados eram revendidos após a adulteração. Alguns eram levados para o Paraguai e trocados por drogas e armamentos pesados como submetralhadoras e fuzis.
Este armamento depois era direcionado tanto para criminosos aqui no nosso estado quanto para São Paulo, disse o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Júlio Reis.
(Com informações da Agência de Notícias do Paraná)