Umuarama – Eduardo Leonildo da Silva, de 30 anos, réu confesso do estupro e da morte da pequena Tábata Fabiana Crespilho Rosa, de seis anos, foi transferido da cadeia pública de Umuarama. Isso porque moradores depredaram a delegacia local inconformados com a brutalidade do assassinato. Por questões de segurança, a Polícia Civil não informou para onde Eduardo foi levado.
Tábata estava desaparecida desde a última terça-feira, quando o irmão, de 13 anos, deixou-a em uma padaria, na esquina da escola que ela frequentava; ato que eles faziam diariamente.
Imagens de câmeras de segurança próximas à escola auxiliaram a polícia a identificar um Gol branco no qual a menina entrou. Com as imagens, a polícia chegou a Eduardo e o prendeu.
Num primeiro depoimento, Eduardo negou o crime, mas depois confessou, ainda sem dar detalhes. Contudo, na sequência ele acabou relatando onde enterrou o corpo da criança. A menina, após ter sido estuprada, foi morta e enterrada de cabeça para baixo. O corpo foi encontrado pelos pés, que ficaram para fora da terra.
Tentativa de linchamento
A confirmação da morte e da prisão de Eduardo fez com que populares começassem a depredar a delegacia. Incendiaram viaturas e automóveis de veículos de comunicação que faziam a cobertura do caso.
Presos da cadeia de Umuarama aproveitaram o tumulto e conseguiram armas que estavam apreendidas na delegacia e que ficaram mais expostas por conta da destruição e iniciaram uma rebelião. Policiais de toda a região foram deslocados para a cidade, mas conseguiram controlar os rebelados.
Antecedentes
Essa não é a primeira acusação de homicídio a qual Eduardo é acusado. Em 2010, ele foi condenado a seis anos de prisão, em regime semiaberto, pelo assassinato de uma adolescente de 15 anos, em Chopinzinho, no sudoeste do Estado. Eles mantiveram um relacionamento e teriam discutido, o que teria provocado a morte da adolescente a pedradas.