O Custo Brasil é um dos mais caros do mundo. Na ponta do lápis, consome das empresas R$ 1,5 trilhão por ano, ou seja, 22% do PIB (Produto Interno Bruto), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O cálculo foi feito pelo governo federal em parceria com o setor privado.
Esse valor representa todas as dificuldades estruturais, burocráticas e econômicas que encarecem e comprometem novos investimentos pelas empresas e pioram o ambiente de negócios no País. Ou seja, o peso da nossa burocracia.
O principal deles, revela o estudo, é o emprego de mão de obra. Isso porque falta qualificação e os encargos sobre a folha são excessivos. Logo atrás está o pagamento de tributos, especialmente pela complexidade da estrutura; e, em terceiro lugar, a precária infraestrutura.
A boa notícia é que, quando mensuramos o problema, podemos, enfim, começar a resolvê-lo.
Essa é uma das propostas do Programa de Melhoria Contínua da Competitividade, lançado esta semana e que terá como base o Custo Brasil. O programa foi feito em parceria com entidades setoriais.
A ideia é “tratar” cada um dos problemas com método, com cálculo do impacto de cada melhoria, de cada nova lei, cada nova norma, sobre o ambiente de negócios e da competitividade e da dificuldade.
Em síntese, o programa traz uma abordagem que busca reduzir o Custo Brasil por meio de nova metodologia de análise e governança, avaliando e priorizando propostas que tenham chances de melhorar o ambiente de negócios e a competitividade brasileira. Para isso, será criado um canal centralizado de comunicação no site do Ministério da Economia, por meio do qual serão recebidas propostas de políticas públicas ou de soluções para a melhoria do ambiente de negócios, aberto a organizações representativas do setor privado. Ou seja, quem sente o peso do Custo Brasil no dia a dia.