O nome fake news ganhou projeção nos últimos meses, mas as notícias falsas, os boatos e as mentiras existem desde sempre. Elas se propagaram mais com o advento das redes sociais e os grupos de WhatsApp e viraram tema de estudo e pesquisas. E uma delas revela que, de 27 países pesquisados, o Brasil é o país com o maior número de pessoas (62%) que já acreditaram em uma notícia que não passava de boato. Somos seguidos por árabes e sul-coreanos (ambos com 58%), peruanos e espanhóis (57%), chineses (56%) e – empatados em quinto lugar – suecos, indianos e poloneses (55%). Os dados são da pesquisa “Global Advisor: Fake News, Filter Bubbles, Post-Truth and Trust” da Ipsos, realizada com 19,2 mil entrevistados entre 22 de junho e 6 de julho.
Apesar dos estragos que podem ser causados a quem acreditou na notícia falsa, é importante lembrar que essa mesma pessoa costuma compartilhar com várias outras essa mesma fake news. Detalhe: quanto mais cabulosa, mais repercussão ganha.
O diretor de Opinião Pública na Ipsos, Danilo Cersosimo, revela ainda outro dado interessante: “A verdade é que as pessoas sempre acham que fake news, pós-verdade e filtro bolha são problemas dos outros e não delas. E isso é assim no Brasil e em todo o mundo”.
Lembrando que a pós-verdade é a falsa verdade que se cria a partir da comoção gerada por uma fake news e Filtro bolha é a característica da web quando apresenta como resultado de busca apenas aquilo que a pessoa considera relevante.
Conforme a pesquisa, metade dos entrevistados acha que são políticos que criam as fake news, e 47% acham que são da própria mídia.
A responsabilidade é de todos. Ao receber uma notícia, confira a fonte. Os jornais impressos encamparam o combate às fake news e checam tudo o que chega. Ah! e não a passe para a frente notícias se não tiver certeza.