Moro & evangélicos
Um dos entraves enfrentados pelo presidenciável Sergio Moro é a aproximação com os evangélicos. Para vencer a resistência do grupo que, de acordo com as últimas pesquisas mantém-se fiel ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-juiz da Lava Jato escalou pastores políticos ligados ao Podemos e partidos aliados para estreitar laços e agendar encontros com lideranças em todo o Brasil. Moro também tem sido aconselhado a defender pautas conservadoras que estão empacadas no Congresso Nacional e foram promessas de campanha de Bolsonaro. Além de “traidor”, a tropa virtual bolsonarista propaga que o ex-juiz é “abortista” por ter definido, anos atrás, como “razoável” a decisão judicial de 1973 que liberou prática nos Estados Unidos.
Novo arcebispo
O Papa acaba de nomear o novo arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, que morava em Montes Claros (MG). Dom Washington Cruz, há 19 anos no cargo, será o emérito.
Aliás…
…caberá a Dom Justino o report semanal ao Vaticano, que acompanha com muita atenção o cerco judicial e policial ao Padre Robson Pereira, de Trindade.
Cunha aliviado
Eduardo Cunha não comemora a decisão judicial que remeteu seu processo na Lava Jato para a Justiça eleitoral do Rio. “Fiquei quatro anos preso na preventiva”, desabafa.
Lula e Alckmin
Foi Lula quem soltou dentro do PT e, depois no PSB, a ideia de ter Geraldo Alckmin como um potencial vice na chapa. O ainda tucano, de saída do ninho e abandonado por aliados, sentiu-se empoderado e deu conversa. Mas é cauteloso, porque também articula sua filiação ao PSD. A insistência de Lula é o que mantém o canal aberto.
Copinho à mesa
Aos que o indagam o porquê do diálogo entre eles, Alckmin lembra um episódio dentro do Palácio do Planalto; ele governador, o petista presidente – para explicar o jeito Lula de negociar. A sós, Lula colocou uma garrafa de cachaça premium na mesa de centro. E insistiu por meia hora para o tucano beber umas doses durante o papo. Alma de padre, Alckmin recusou a todas. A eleição de 2022 é a cachaça de ambos, hoje.
Poder da rejeição
De um veterano que entende de política desde quando Sarney soltava pipa no Maranhão: “A eleição de 2022 será o voto da rejeição. O povo vai eleger qualquer um só pra não eleger quem não gosta”.
Festa a galope
A soltura de fogos de artifícios nos shows na Expoapi, em Teresina, provocou cenas curiosas anteontem. Cinco cavalos nas baias se assustaram e fugiram pela rodovia de acesso ao parque, provocando acidentes. A Lei estadual nº 7.643, de 26 de novembro, proíbe a soltura de fogos para proteger pessoas idosas, crianças e animais.
Novela na Seape
O MPDFT cobra da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária explicações sobre possível “violação à impessoalidade” sobre servidor que não exerceria as atribuições do cargo. O policial civil aposentado Júlio da Silva Carvalho ocupava cargo na Assessoria Jurídico-Legislativa e, assim que cercado pelo MP, foi remanejado para a Assessoria do Gabinete do secretário Geraldo Costa.
Blindagem
“Nas declarações prestadas, Júlio externou espontaneamente que possui laços com Vossa Excelência (secretário). Nesse contexto, causa estranheza que um servidor alvo das aludidas denúncias – que estão sendo apuradas – esteja sendo remanejado de posto, imediatamente após a sua intimação para comparecer ao MP”, sublinham três promotores no Ofício n.º 827/2021.
Atrás da mesa
No documento enviado à Seape, o MPDFT questiona a por que o pedido de remanejamento se deu imediatamente após a intimação do servidor; os impactos que isso causará para a Seape e a real necessidade de novos cargos no gabinete. Questionada, a assessoria do órgão não respondeu até o fechamento da Coluna.