Opinião

Coluna Amparar: Entrar em sintonia com a morte

Coluna Amparar: Entrar em sintonia com a morte

“O homem entrou em sintonia com a morte, como destino e com o fim – por assim dizer – com a origem da qual a vida emerge e depois imerge, e dessa sintonia veio a força que cura” (Bert Hellinger)

 A morte, em geral, desperta nas pessoas o medo. Muitos encaram a sua vida como se fosse uma contínua batalha contra a morte. Isso é agir como se pudéssemos impor nossa vida à morte, como se a morte fosse nossa maior inimiga.

Detrás da atitude de ver a vida como contínua luta contra a morte está um modo equivocado de olhar a vida. Na verdade, não temos a vida, mas é a vida que tem a nós, nos toma a serviço e depois de um tempo nos deixa cair de volta à origem de onde ela proveio.

Temer a morte é algo sem sentido, porque a morte é inevitável: por que deveríamos temer o que temos certeza de que, dia mais ou dia menos, chegará até nós? Verdade, temer a morte é sem sentido. Respeitar a morte, ao contrário, é prova de sabedoria.

Respeita a morte quem não expõe gratuitamente a sua vida ao risco. Respeita a morte quem acolhe o tempo de vida que lhe é destinado como um presente. Respeita a morte quem se entrega a ela quando o momento chega, jamais antes! Respeita a morte quem olha para ela como amiga, como parceira de viagem. Respeita a morte quem aceita que a vida retorna para o mesmo ponto de onde ela veio.

A vida, por ser uma energia impalpável, é indestrutível, o que é o mesmo que dizer que é eterna. O que vemos nascer e morrer é a forma material de algo espiritual: a vida, cuja origem e fim são um mistério para nós. Quer conversar mais conosco sobre este tema? Entra em contato. Estamos disponíveis.

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JOSÉ LUIZ AMES E ROSANA MARCELINO são consteladores familiares e terapeutas sistêmicos e conduzem a Amparar – whatsapp https://bit.ly/2FzW58R