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Sandro Meira Ricci sobre o Fla-Flu: ?Nada houve de anormal?

No centro da polêmica após a arbitragem confusa no Fla-Flu de Volta Redonda, Sandro Meira Ricci foi lacônico ao relatar o caso do gol de Henrique validado e posteriormente anulado que resultaria no empate do Fluminense no Raulino de Oliveira. Na súmula da partida divulgada no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) só depois das 9h desta sexta-feira, Sandro diz que o jogo foi paralisado por causa de uma reclamação dos jogadores em um lance de impedimento. E conclui que ?nada houve de anormal? na partida.

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VÍDEO: Veja o lance polêmico do Fla-Flu e toda a confusão após o gol

“O jogo foi paralisado aos 40 minutos do segundo tempo pelos atletas de ambas equipes terem protestado por decisão da arbitragem em um lance de impedimento”, relatou o juiz.

Em seguida, no campo de ?observações eventuais?, o juiz de Santa Catarina conclui: “Nada houve de anormal”.

Ao relatar os acréscimos de sete minutos, Ricci disse que o segundo tempo teve 52 minutos. No entanto, após o lance polêmico, o jogo ficou paralisado por 13 minutos.

CONFUSÃO ACONTECEU NO FINAL

A confusão aconteceu aos 39 minutos do segundo tempo. No momento, o Flamengo vencia a partida por 2 a 1. Naquele momento, uma bola levantada por Gustavo Scarpa na área foi completada de cabeça para o gol, empatando a partida. Imediatamente, o auxiliar Emerson Augusto de Carvalho marcou corretamente o impedimento do zagueiro. Mas contrariando a decisão de Emerson, Ricci validou o gol.

Foi quando começou toda a polêmica. Os atletas do Flamengo reclamaram e a partida ficou paralisada por 13 minutos. Quando foi retomada, o árbitro mais uma vez voltou atrás e anulou o gol tricolor. Foi a vez então dos tricolores reclamarem da decisão e acusarem a arbitragem de ter usado imagens da TV para tomar a decisão. O recurso é proibido pela Fifa.

Por causa de toda a polêmica, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, anunciou que iria ao Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar anular o jogo. O dirigente tricolor considera que houve interferência externa e o uso de vídeo no lance.

– Eu sou o maior defensor do uso do vídeo no futebol brasileiro. Porém, no momento, ele é irregular. A regra é igual para todos e, neste jogo, não foi. Esse jogo, para mim, tem de ser anulado. Vamos tomar todas as medidas. Vamos pedir a anulação da partida – disse Siemsen, que reclamou de um impedimento do zagueiro Réver no lance do gol de Leandro Damião, o primeiro do Flamengo.

Já o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello disse que não acredita que o jogo vá parar no tribunal. Para o dirigente rubro-negro, o lance foi claramente ilegal.

– Não houve nada disso (interferência externa). Eu até estou achando que os dirigentes do Fluminense vão pensar bem e não vão querer se beneficiar de um lance que foi claramente ilegal – disse o dirigente.

Em 2013, porém, o dirigente rubro-negro esteve do outro lado reclamando de uma possível interferência externa em um jogo da Taça Rio contra o Duque de Caxias. Na ocasião, o time de Caxias vencia por 1 a 0 quando Hernane marcou o gol de empate. A arbitragem validou o gol, mas voltou atrás 40 segundos depois, levantando a suspeita de interferência externa. Com isso, o Flamengo entrou com um recurso no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) para que o resultado do jogo não fosse homologado até que o mérito da decisão fosse julgado. O TJD, no entanto, arquivou o inquérito. No campo, o Flamengo acabou empatando e o jogo terminou 1 a 1.