Cotidiano

Programa Oeste em Desenvolvimento está sendo replicado em outras regiões do Estado

Para secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, programa é modelo para todo o Paraná

O modelo de trabalho adotado pelo POD (Programa Oeste em Desenvolvimento) desde 2014 está sendo replicado em pelo menos outras duas regiões do Paraná: Norte e Noroeste. A afirmação foi feita pelo secretário da Seab (Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná), Norberto Ortigara, durante a reunião “A importância dos Conselhos de Sanidade Agropecuária”, nessa terça-feira (5), no Show Rural Coopavel, em Cascavel.

Segundo Ortigara, o Oeste em Desenvolvimento reuniu toda a sociedade e criou um ambiente favorável capaz de identificar a vocação do território, levantar as dificuldades e apontar soluções propulsoras do crescimento sustentável. “Já apresentamos esse modelo exitoso em Londrina e Paranavaí. Mas outras regiões, tanto do Paraná como do Brasil, devem ter o POD como um exemplo a ser seguido”, afirmou.

Para Ortigara, o cuidado com a sanidade animal, considerado prioridade do POD, é o ponto-chave para o crescimento de uma região e de um estado cuja vocação é o agronegócio. “Vocês estão buscando ser excelentes em sanidade e estão certos. O mundo só compra de países com sanidade. E, neste caso, ou tem ou não tem. Não existe meio termo”, disse.

O diretor de Coordenação da Itaipu Binacional, Newton Kaminski, destacou o incentivo da empresa ao POD. “Nós apoiamos projetos que buscam o desenvolvimento da nossa região. O POD é uma dessas iniciativas”, afirmou.

Também participaram da reunião o presidente do POD, Danilo Vendruscolo; o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, além de prefeitos, vereadores e secretários de Agricultura dos 54 municípios da região.

Sanidade

Conquistar a excelência em sanidade agropecuária tem sido a principal bandeira do Oeste em Desenvolvimento. O trabalho começou há pelo menos quatro anos.

A primeira vitória do Programa foi a antecipação do prazo para que o Paraná receba da OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), o título de “Livre de Aftosa sem Vacinação”. Em vez de esperar por 2023, o estado quer alcançar o status em 2021.

Para isso, as últimas doses serão aplicadas em maio. Com esse status, a região estará chancelada como segura na produção agropecuária, por ter um controle sanitário rigoroso. O título é bem visto por 65% dos mercados internacionais, ainda a ser conquistados pelo Oeste do Paraná, como Japão e Coreia do Sul.

O vice-presidente do POD, Elias Zydek, explicou que não basta deixar de vacinar, é preciso manter a região livre de doenças. Ele aproveitou a reunião para convocar os prefeitos e secretários a instalarem Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuárias em suas cidades. “Queremos que até 2020 os 54 municípios tenham seus conselhos funcionando”.

Para dar apoio aos órgãos municipais, a região Oeste instituiu o Conselho Regional de Sanidade Agropecuária (CSA), para oferecer apoio e assistência técnica para que os Conselhos Municipais cumpram a missão de preparar a região para a conquista do título, e manter o Oeste livre de outras doenças como peste suína clássica, salmonela, brucelose e influenza aviária.

POD

Lançado em 2014, o Programa Oeste em Desenvolvimento é uma iniciativa que une mais de 60 instituições públicas e privadas como a Itaipu Binacional, o PTI (Parque Tecnológico de Itaipu), o Sebrae/PR, o Sistema Cooperativo, a Caciopar, a Amop, a Emater, a Fiep, além de cooperativas e instituições de ensino superior.

O programa tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico sustentável dos 54 municípios do Oeste do Paraná por meio de ações integradas e com foco nas potencialidades regionais. Toda a ação tem como base as sete cadeias produtivas do território, também chamadas de exportadoras, pois recebem recursos e investimentos de outras regiões brasileiras e até do exterior. São elas: Cadeia de Frango, Cadeia do Leite, Cadeia de Suíno, Cadeia de Pescado, Cadeia de Grãos, Industria Metalmecânica e Turismo.

A Itaipu

Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.