Política

Convênios: Indefinição na Itaipu atrasa repasses ao oeste

O recurso deve ficar represado até que um novo acordo seja firmado.

Convênios: Indefinição na Itaipu atrasa repasses ao oeste

Reportagem: Josimar Bagatoli

Foz do Iguaçu – Devido à indefinição sobre a contratação de energia da hidrelétrica binacional de Itaipu entre o Brasil e o Paraguai, municípios do oeste paranaense que possuem contratos para execução de projetos ambientais e sociais já preveem atrasos nos repasses às prefeituras. O recurso deve ficar represado até que um novo acordo seja firmado.

Nas cidades que integram a Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) há dois projetos de grande relevância em andamento e que tiveram compromisso firmado para continuidade em 2020: de usinas de compostagem e reciclagem de lixo e de conservação das bacias hidrográficas, que engloba adequação das curvas de níveis em áreas agrícolas, estradas rurais e pavimentação de estradas poliédricas. “A preocupação agora é com o novo acordo com o Paraguai, ainda não sacramentado, o que pode atrasar um pouco a liberação dos recursos no início de 2020. Mas as perspectivas de investimentos no oeste continuam com foco principal na vida útil do Lago de Itaipu. Esses trabalhos em microbacias fazem com que os sedimentos de terra não atinjam os afluentes dos Rios Iguaçu e Paraná e isso aumenta a vida útil do Lago de Itaipu”, explica o prefeito de Jesuítas e presidente da Amop, Júnior Weiller.

Ontem o coronel Ricardo Bezerra, chefe de Gabinete do diretor-geral brasileiro da Itaipu, o general Joaquim Silva e Luna, e o assistente da Diretoria de Coordenação, Márcio Ferreira Bortolini, receberam a comitiva da Amop para discutir a continuidade dos convênios.

Preocupação

Embora os recursos estejam assegurados pela Itaipu, uma preocupação deixa os municípios em alerta: é que as empreiteiras querem aditivos de prazo e valores. Como as prefeituras são responsáveis pelas contratações, precisam resolver o problema.

As prefeituras tiveram como resposta da Itaipu que, devido à situação econômica desfavorável, os investimentos foram redimensionados e as prioridades são obras estruturantes, como a segunda ponte que ligará Brasil e Paraguai, o Hospital Costa Cavalcantti e os aeroportos de Foz do Iguaçu e Cascavel.

Mesmo assim, os prefeitos estão confiantes: “O coronel Ricardo deixou explícito que em 2020 continuamos com os investimentos e com perspectiva positiva a partir de 2023, quando acabar o financiamento da construção de Itaipu, os recursos podem aumentar”, afirma Weiller.