Política

Concessão do transporte será antecipada para 2020

O governo municipal prepara o novo certame

Concessão do transporte será antecipada para 2020

Reportagem: Josimar Bagatoli

Com a proximidade do fim da concessão do transporte público cascavelense, em 2021, o governo municipal prepara o novo certame já para 2020, devido à necessidade de cumprimento dos prazos e à necessidade de uma definição antecipada para evitar que o serviço seja interrompido ou ocorra prorrogação. “O Município deve fazer uma nova concessão pública, já que essa de 20 anos está perto do fim. É preciso repensar os próximos 20 anos do transporte público, pois a cidade mudou. Tivemos a modernização do modal de transporte e há uma projeção de crescimento. Precisamos pensar em alternativas, como frota elétrica, híbrida e linhas diferenciadas”, explica Edson Zorek, secretário de Planejamento e Gestão de Pessoas.

Um raio-X do sistema é feito por meio de estudos para elaborar o novo edital. Como se trata de uma licitação, há riscos de impugnações de concorrentes, o que pode levar a briga aos tribunais e atrasar o novo contrato. Além disso, as empresas participantes precisam se preparar em relação a equipamentos, frota, sistema e recrutamento de servidores. Motivos que justificam a realização do certame pela atual gestão, deixando tudo pronto para a futura equipe que assumir o Paço Municipal.

Há dois meses foi criada por decreto a comissão de transição do serviço de bilhetagem eletrônica de venda de passagens e vale-transporte, medida que visa maior controle do sistema em Cascavel e que também auxiliará nos rumos da licitação. Zorek é o coordenador da comissão, que já se reuniu duas vezes e terá novo encontro entre esta sexta e a terça-feira da semana que vem. O encontro depende da disponibilidade de advogados que são de Curitiba e vêm participar. A ValeSim chegou a ingressar na Justiça contra essa alteração, mas a Justiça reconheceu a legalidade do Município.

Foram solicitados dados em relação à situação técnica, judicial e financeira para transição da ValeSim, que terá controle do Executivo municipal. A proposta é fazer uma operacionalização que evite impactos no serviço.

Planilhas de custos da empresa que repassa o dinheiro às empresas do transporte público estão sob análise da Secretaria de Finanças.

O Município analisa se é viável manter a empresa ou se a estrutura será repassada para uma repartição da Transitar (que substituirá a Cettrans), por exemplo. “Não podemos afirmar como e se vai continuar da mesma forma. Teremos mais uma reunião para verificar a legislação e também as melhores condições. A empresa atual foi criada para operacionalizar a venda e a arrecadação das passagens, agora, com essa atuação, o Executivo passa a ter maior controle”, diz Zorek.

A ValeSim conta com dez servidores. A manutenção da sede ao lado da Catedral Nossa Senhora Aparecida também dependerá da avaliação da comissão. Por mês, a arrecadação com a venda de passagens chega a R$ 4 milhões, em média. São rodados cerca de 800 mil quilômetros por dia.