Economia

Balança comercial: Exportações crescem 120% em uma década

O valor representa aumento de 120% em uma década

Balança comercial: Exportações crescem 120% em uma década

Cascavel – Os oito principais exportadores do oeste (responsáveis por 97,3% de tudo o que a região vende para fora do País) garantiram recorde em 2019, totalizando US$ 2,355 bilhões exportados, 25,3% a mais que o recorde anterior, de 2018. O valor representa aumento de 120% em uma década. E, assim como a pauta continua liderada pela avicultura e pela soja, os principais parceiros comerciais também são os mesmos, apenas invertendo de posição.

Dentre os exportadores também houve alteração durante o ano. Com quase 90% de crescimento em relação ao ano passado, Toledo chegou a ocupar a liderança no oeste durante alguns meses, mas terminou o ano em terceiro lugar. Cascavel voltou a se confirmar como maior exportador da região e sétimo estadual, seguido por Palotina, com altas de 37,3% e 35,2%, respectivamente.

Dentre eles, apenas dois fecharam o ano com queda: Matelândia (-15%) e Foz do Iguaçu (-10%).

A China se confirmou como o principal parceiro comercial, tendo comprado US$ 785,2 milhões ano passado do oeste, equivalente a um terço das exportações. Desse valor, US$ 504,5 milhões foram de carnes e miudezas de aves, e US$ 261,7 milhões em soja.

O segundo destino é o Paraguai, com 8,7% das exportações (US$ 205,85 milhões). Esses dois países também lideravam a pauta em 2010, mas em posições invertidas: o Paraguai era líder, com 22,3% das compras, e a China detinha 15,7%. Nesse período, a China mais que quadruplicou suas compras do oeste.

Na série histórica, desde 1997, as exportações desses oito municípios cresceram 6,28 vezes, passando de US$ 374,658 milhões naquele ano, para os mais de US$ 2,3 bilhões agora, mas o crescimento mais expressivo ocorre mesmo a partir da última década.

Dezembro

No último mês de 2019, o oeste exportou US$ 167,4 milhões, 36% a mais que em dezembro do ano anterior. As importações cresceram ainda mais: US$ 57,3 milhões contra US$ 37,6 milhões (+52%).

E, apesar da melhora em dezembro, as vendas para fora do País no segundo semestre terminaram abaixo dos primeiros seis meses do ano: US$ 1,259 bilhão foram faturados de janeiro a junho, e os US$ 1,092 bilhão restantes foram no segundo semestre.

Com os bons resultados em 2019, o saldo da balança também foi recorde, com superávit de US$ 1,749 bilhão, 25,7% acima do registrado em 2018, que já havia sido o maior da história, de US$ 1,391 bilhão.

Nos 12 meses de 2019, o resultado do oeste ficou na contramão do registrado pelo Paraná e pelo País, que tiveram quedas de 2,8% e 6,4%, respectivamente.

 

Um terço das exportações vai para a China

 

A China se confirmou o grande parceiro comercial do oeste do Paraná. Tanto que a cada US$ 3 faturados, US$ 1 vai para o país asiático. E ele foi o principal responsável pelo boom registrado em 2019. Os oito principais exportadores da região venderam US$ 785,202 milhões para a China, mais que o dobro do registrado em 2018 (US$ 391,672 milhões).

Naquele ano, embora a China já fosse a principal parceira comercial, representou 20,8% das vendas para fora do País, seguida do Paraguai, que comprou 13,1%, e da África do Sul, que aparecia em terceiro lugar, com 5,7% das compras.

Quem ganhou destaque também ano passado foram o Japão, que subiu uma posição, e ficou em terceiro, com US$ 115,260 milhões comprados do oeste; o Reino Unido (de 7º para 4º), com US$ 105,668 milhões; e México, que subiu do 6º para 5º, tendo comprado US$ 76,192 milhões.

Mas teve quem deixou de comprar. Caso da Arábia Saudita, que caiu de 5º para 14º lugar em um ano (de US$ 83,255 milhões para US$ 46 milhões); e a África do Sul, que caiu do 3º lugar em 2018 (US$ 107,459 milhões) para o 9º lugar ano passado (US$ 63,502 milhões).

Cuba

A região vende para diversos países, com valores até abaixo de US$ 10 mil. Um dos casos que chamam a atenção é Cuba, que comprou US$ 13,339 milhões ano passado apenas de exportadores de Cascavel. Desse valor, 96% se refere a aves e o restante de peixes.

Avicultura puxa as vendas na região

A avicultura continua sendo o carro-chefe das exportações oestinas. No ano passado, carnes e miudezas de aves representou 50,5% das vendas para fora do País. Em segundo lugar, bem distante, está o comércio de soja, seguida de carne suína e milho.

O que chama a atenção nessa lista é a exportação de ladrilhos de cerâmica, que somaram US$ 16,775 milhões, saídos de Foz do Iguaçu.

Confira mais detalhes da balança comercial por municípios do oeste: