O Aeroporto Municipal de Cascavel perdeu 108,9 mil passageiros nos últimos três anos. Em 2015 passaram pelo aeroporto 245,4 mil pessoas, entre embarques e desembarques. Foi o melhor ano da história.
Neste ano, até 30 de novembro, o movimento é de 136,4 mil, 44,4% a menos.
Segundo a Cettrans (Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito), que administra o aeroporto, essa queda aconteceu devido à saída da Passaredo em 2016 por problemas judiciais. Com isso, caiu drasticamente o número de voos e opções de destinos.
Para se ter uma ideia, em 2014 houve 10.790 pousos e decolagens e, em 2015, foram 10.292. Hoje não chega a 9 mil. Naquele período, havia voos diretos e diários para Curitiba, Campinas e Guarulhos (SP) e até para o Mato Grosso. Hoje, só com a Azul, ficaram dois destinos: Curitiba e Campinas e em menos horários. “Na época do pico, havia de dez a 12 voos diários. Hoje são cinco voos por dia”, diz o presidente da Cettrans, Alsir Pelissaro.
Incerteza e poucos horários
O diretor da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel), Siro Canabarro, afirma que a incerteza do pouso e os poucos horários disponíveis são os principais fatores para a redução de passageiros.
“De maio a julho sempre há muitos voos cancelados. Enfim, são vários fatores que, juntos, fazem os passageiros irem a Foz do Iguaçu”.
Canabarro usa o aeroporto de Cascavel pelo menos umas 50 vezes por ano especialmente devido ao trabalho. “Eu que uso bastante o terminal sei bem como é. Precisamos terminar as obras do novo terminal, receber grandes aeronaves e trazer mais comodidade ao passageiro. Só assim o fluxo vai aumentar”.