Ainda é cedo para entender a cara do Vasco de Cristóvão Borges, mas, num jogo pegado e por vezes violento, a equipe ao menos mostrou força de vontade e poder de reação ao vencer de virada o Barcelona de Guayaquil, do Equador, por 2 a 1. A partida foi disputada no Central Broward Regional Park, em Lauderhill, na Flórida, estádio que viveu uma tarde de Libertadores ? os dois times se enfrentaram na final da competição em 1998 ?, com grande e barulhenta torcida dos dois times. Com o resultado, o time carioca enfrentará o Corinthians na semifinal da competição. O jogo será na quarta-feira, às 22h.
O Vasco começou com algumas novidades. O jovem Alan Cardoso na lateral esquerda e o meia Evander improvisado como volante. Entre os contratados, Escudero e Muriqui, ambos ainda totalmente fora de forma e ritmo de jogo, foram titulares. Thalles foi titular no ataque. Para a posição, o clube ainda tenta a contratação de Luís Fabiano, jogador que viajou à China para tentar sua liberação junto ao Tianjin Quanjian.
A primeira chance do jogo apareceu aos sete minutos em bola roubada por Nenê que sobrou para finalização precipitada de Thalles. Na jogada seguinte, em novo vacilo da defesa adversária, Muriqui ficou frente a frente do goleiro em contra-ataque, mas adiantou demais a bola e o goleiro Banguera afastou.
Após ter chances, o Vasco acabou sofrendo o gol aos 21 minutos. A jogada foi pelo lado esquerdo da defesa do Vasco, em que Alan Cardoso parecia sobrecarregado, sem auxílio do meio-campo. Na jogada, quem não acompanhou foi Muriqui e, sozinho, Alan não evitou o cruzamento de Esterilla para a área. A bola passou rasteira na frente de Rodrigo, que não conseguiu cortar, antes de Vera completar para o gol.
Sete minutos depois foi a vez do Vasco empatar. Em cobrança de falta ensaiada pelo lado direito, Nenê cobrou rasteiro para o meio da área onde Rodrigo tentaria a finalização. O jogador agarrou, foi agarrado e acabou caindo. O juiz viu pênalti e Nenê foi para a cobrança. Com direito a paradinha, ele deslocou o goleiro e bateu no campo invertido. Antes do fim do primeiro tempo, Escudero apareceu uma única vez com perigo, quando chutou colocado e sem força em bola que foi direto pela linha de fundo.
RODRIGO VIRA O JOGO
Na volta do intervalo, Escudero e Muriqui, os dois com participação apagada, saíram. No lugar deles entraram Guilherme Costa e Éder Luís. A volta do segundo tempo não mudou o panorama de animosidade entre os jogadores das duas equipes o que obrigou Borges a fazer sua terceira substituição aos cinco minutos. O lateral Alan Cardoso foi obrigado a sair após choque com adversário, que gerou muita reclamação de Nenê. Em seu lugar entrou Henrique.
Logo no minuto seguinte, Thalles teve oportunidade de finalizar, mas chutou por cima do gol. Em sua primeira boa jogada, aos 8, Henrique encontrou Guilherme Costa que chutou e o goleiro Banguera jogou para escanteio. Aos 20, mais uma mudança no Vasco: saiu Thalles e entrou Éderson.
Com muitas substituições dos dois lado, o jogo perdeu aos poucos em competitividade e parecia se encaminhar para um intervalo. Foi quando Nenê foi esperto na cobrança de uma falta próximo à linha lateral direita. Ele bateu rapidamente a bola em direção à área, onde estava Rodrigo para completar de cabeça e fazer 2 a 1. Nos minutos finais, o time equatoriano não conseguiu chegar com real perigo ao gol de Martín Silva.
O Vasco jogo com Martín Silva, Madson, Luan, Rodrigo e Alan Cardoso (Henrique); Evander, Julio dos Santos, Escudero (Guilherme Costa) e Nenê; Muriqui (Éder Luís) e Thalles (Éderson).