Não é à toa que os primeiros macacões de corrida tiveram como ponto de partida os utilizados pelos astronautas da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos. Ou que os carros de competição tenham entre seus conceitos básicos elementos aerodinâmicos retirados da indústria da aviação. Ou ainda que os melhores competidores da atualidade façam treinamentos específicos para conseguir o foco mental e os reflexos dos pilotos de avião de caça e o preparo físico dos melhores soldados de infantaria. Essas são características e filosofia comuns à elite do grid na Stock Car, categoria que disputa neste domingo em Cascavel a oitava etapa da temporada.
Se disputar uma corrida em alto nível é também viver no limite da capacidade mental e física, ninguém chega ao seu ápice sozinho. Por isso, os pilotos contam com equipamentos e assessores profissionais que os auxiliam a ser mais eficientes e também aumentam as variáveis e a complexidade do ambiente das corridas. Essa é uma realidade que começa a ser enfrentada por Bruno Baptista (foto), 21 anos, o mais jovem competidor da Stock Car.
Segurança é prioridade
Os equipamentos que cercam um piloto de stock Car empregam tecnologia cara e desenvolvida ao longo de décadas. O capacete, por exemplo, é o item de segurança pessoal mais antigo do automobilismo. Na Fórmula 1, ele data de 1953. Apesar da grande evolução, danos na cabeça e pescoço ainda são as maiores preocupações dos médicos nos acidentes em corrida de automóvel. Para minimizar riscos, os capacetes mais modernos devem ser muito leves e resistentes. A norma da Federação Internacional de automobilismo determina o peso de 1,250 quilos.
O macacão, formado por um conjunto de três a quatro camadas de tecido antichama sobrepostas, é apenas a peça visível de uma proteção vital para os competidores. Abaixo dele, eles usam um kit de roupas que cobrem desde a cabeça até os pés, formando uma segunda pele, também antichama. Outros equipamentos importantes são o sistema de comunicação com o box, o sistema de refrigeração dos macacões com circuito de água gelada e até o banco, que é produzido para encaixar firmemente o corpo do competidor. “Tudo isso é importante, seja para te dar confiança para acelerar sem medo, seja para reduzir o cansaço ou o stress durante uma corrida”, diz Bruno Baptista.
Inspiração militar
“Um dos principais desafios do piloto é ser um atleta e também um líder. Ele precisa comandar a equipe, ajudar no desenvolvimento técnico. Para isso é preciso ter corpo e mente fortes”, diz Pereira. Nos anos 90, o exército britânico estudou as estratégias utilizadas pela F-1 em seus pit stops, visando adaptá-las a ações militares que exigem rapidez. “Uma equipe faz ações coordenadas como um pelotão de combate”, diz Vanderlei Pereira, especialista em condicionamento físico e mental de pilotos profissionais. Entre as estrelas que já estiveram aos seus cuidados estão Rubens Barrichello, Felipe Massa, Cacá Bueno e o campeão mundial de Fórmula E, Lucas Di Grassi – outro que tentará ganhar em Cascavel pela primeira vez na Stock.
PROGRAMAÇÃO
Sexta-feira (7/9)
10h Treino Livre Stock Car
10h45 Treino Livre Stock Car
11h40 Treino Livre Marcas
13h Treino Livre Stock Car
13h45 Treino Livre Stock Car
14h40 Treino Livre Marcas
16h30 Corrida 2 Marcas*
*Complemento 3ª etapa
Sábado (8/9)
9h Treino Livre Marcas
9h45 Treino Livre Stock Car
10h30 Treino Livre Stock Car
11h20 Classificação Marcas
13h Classificação Stock Car
14h45 Corrida 1 Marcas
Domingo (9/9)
8h Abertura portões
8h15 Warm-up Stock Car
9h Corrida 2 Marcas
10h Visitação aos boxes
12h Corrida 1 Stock Car
13h05 Corrida 2 Stock Car