Em evento que marcou a contagem regressiva de um mês para os Jogos Olímpicos, na manhã desta terça-feira, o prefeito Eduardo Paes minimizou as críticas à preparação da cidade para receber a Olimpíada. O prefeito concedeu entrevista coletiva durante a inauguração do Museu da Cidade Olímpica, ao lado do Engenhão.
Depois de apresentar detalhes da construção das arenas olímpicas e das obras de legado, Paes pediu que a preocupação com assuntos como segurança e impacto dos Jogos nas finanças públicas dê lugar a um clima de otimismo com a chegada dos Jogos.
Um mês para os Jogos – Parte I
– Você tem as viúvas de plantão, os urubus, as aves de rapina que querem sempre jogar para baixo. Mas faço um apelo para a população: vamos viver um momento muito especial. Estamos enfrentando desafios, momentos difíceis no campo político, pessoas com direito a protestar. Mas vamos viver um momento muito especial – reforçou o prefeito.
Em entrevista à CNN, Paes havia dito que o governo do estado faz “um trabalho terrível” na segurança pública. Em entrevista ao GLOBO, publicada nesta terça, o prefeito disse que a segurança não será problema na Olimpíada. Perguntado sobre o tema no evento desta terça, Paes saiu pela tangente.
– Minha atuação como comentarista de seguraça pública já se encerrou – disse o prefeito, com um ligeiro sorriso.
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, também presente no evento, informou que a partir desta terça-feira a segurança das arenas olímpicas será responsabilidade da Força Nacional. Moraes garantiu ainda que já foram liberados R$ 2,9 bilhões pela União para ajudar o governo estadual a pagar os salários de policiais civis e militares, além da primeira parcela atrasada do RAS (Regime Adicional de Serviço).
Um mês para os Jogos – Parte II
Paes repetiu, no evento desta terça-feira, o comentário feito em entrevista ao GLOBO sobre a “deselitização” passada pelos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. Destacando as transformações na cidade desde o anúncio como sede dos Jogos, em 2009, Paes pediu que turistas estrangeiros tenham bom senso nas comparações.
– O Brasil passa por uma crise política e econômica. Mas o Brasil tirou muita gente da pobreza e tem ajudado muita gente. O que nos fez sensibilizar o comitê olímpico internacional foram as mazelas do Rio de Janeiro. Nós mostramos cenas de deslizamentos, enchentes, engarrafamentos e foi essa a razão da gente ter ganhado para ser sede. A gente pede que as pessoas não venham para cá esperando Chicago, Nova Iorque ou Londres. Comparem o Rio com o Rio – afirmou Paes.
O prefeito revelou ainda o destino das duas piscinas olímpicas instaladas no Estádio Aquático, do Parque Olímpico da Barra. Uma das piscinas vai para o Parque Madureira, e outro ficará em um parque que ainda será construído em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade.