Num clima de muita descontração, três medalhistas brasileiros na Paralimpíada do Rio falaram de suas conquistas neste sábado. Campeão nos 400m T20 e recordista mundial, Daniel Martins não escapou do inevitável: da semelhança com Neymar.
Daniel Martins, ouro no atletismo
– Quando o conheci, disse: ‘você parece com alguém que eu conheço. Não consigo entender que, quando olho pra você, lembro de alguém’. Aí a gente começou a olhar e perceber que ele é parecido com o Neymar. Não sei se ele é bom como o Neymar no futebol, mas no atletismo ele está bem – diverte-se o carioca Fábio Bordignon, paralisado cerebral e prata nos 100m rasos, na categoria T35.
Perguntado se jogava bem futebol, Martins emendou de primeira, aos risos:
– Não, só na lateral.
Na sequência, foi questionado sobre a semelhança com o atacante do Barcelona e da seleção brasileira.
– Não, só corro – respondeu, morrendo de rir, já no fim da entrevista coletiva.
No início, o Neymar do atletismo agradeceu o apoio que veio das arquibancadas no Engenhão, na sexta-feira.
– A torcida ajudou bastante, já na primeira curva ouvi o apoio e, na reta final, foi muito importante o apoio. Foi um sonho realizado.
Primeira medalha no judô do país na Paralimpíada, Lucia Teixeira, que é cega e conquistou a prata, falou da emoção de subir ao pódio no Brasil.
Daniel Martins fala sobre algumas semelhanças com Neymar
– É um momento único, você está na sua casa e poder dividir a medalha com todos os brasileiros, ainda mais ali que minha filha estava assistindo, quase pulando lá dentro, foi difícil segurá-la. em Londres foi frustrante, mas ali todo mundo disse: valeu, foi como se a torcida estivesse me abraçando e me dizendo que dei o meu melhor. Nossa torcida é ouro, fez o diferencial na Olimpíada e está fazendo na Paralimpíada.
Bordignon também exaltou a força da torcida:
– Foi muito bom, sem dúvida foi diferente competir aqui no Rio, é uma prova curta e exige bastante motivação. O público ali incentivando, sou carioca, conheço um pouco o calor da torcida. Primeira medalha no judô, Lúcia explica como voltou ao esporte