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Mundial da Fifa: Kashima Antlers despacha Atlético Nacional por 3 a 0

O Atlético Nacional de Medellín, campeão da Libertadores, que ganhou a torcida e a simpatia dos brasileiros depois da onda de solidariedade à Chapecoense, viu nesta quarta-feira seu sonho de conquistar o Mundial de Clubes ruir diante do time da casa, o Kashima Antlers. A equipe colombiana perdeu por 3 a 0 na semifinal em Osaka, no Japão. O jogo foi histórico: pela primeira vez um clube japonês chega à decisão do torneio, e pela primeira vez a tecnologia de vídeo foi usada no futebol. Um dos gols do Kashima nasceu de um pênalti marcado pelo árbitro depois de assistir à repetição do lance num monitor de TV.

TEMPO REAL: Acompanhe a descrição dos lances do jogo

O lance polêmico foi aos 29 minutos da etapa inicial. Após cruzamento na área do Nacional, o colombiano Mosquera derrubou o japonês Daigo. Foi meio sem querer, mas cometeu a falta. O jogo, porém, seguiu. Até que 45 segundos depois, alertado pela comunicação por áudio, o árbitro interrompeu a partida e foi à beira do campo conferir a jogada no monitor. Após assistir ao vídeo, apontou a marcação do pênalti.

USO DE VÍDEO: Entenda o que prevê a regra do futebol sobre a novidade

Para aumentar ainda mais a discussão, no momento de a bola ser levantada na área do Nacional, Daigo estava em posição irregular, o que não foi percebido pelo assistente nem também assinalado pelo árbitro após ver a repetição do lance no vídeo.

O meia Doi bateu o pênalti com categoria e fez 1 a 0 para o Kashima, aos 32 minutos.

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O placar elástico a favor do Kashima não diz exatamente o que foi o jogo. Na maior parte do tempo o domínio foi do Atlético Nacional, que, no entanto, pecou muito nas finalizações. No segundo tempo, o time colombiano, em desvantagem de 1 a 0, partiu para cima, mas acabou cansando. A pressão diminuiu bastante a partir dos 25 minutos. E a equipe japonesa cresceu, tornando-se mortal nos contra-ataques. Em dois deles, no fim do jogo, dois gols.

Aos 37, Shibasaki cruzou da esquerda, e Endo dividiu no alto com o goleiro Armani, que saiu meio no desespero. A bola sobrou para o próprio Endo, de costas para o gol. O japonês teve calma e categoria para bater de calcanhar e fazer 2 a 0. Em seguida, aos 39, Suzuki, que tinha acabado de entrar em campo, só escorou para a rede após receber passe perfeito de Kanazaki.

HOMENAGEM À CHAPE

O primeiro tempo foi simplesmente espetacular, com lances de perigo para os dois times, especialmente o colombiano. O Nacional de Medellín teve várias oportunidades de marcar, mas parou no ótima atuação do goleiro Sogahata e, duas vezes, na trave. Num dos lances de maior emoção, Mosquera chutou no travessão e, no rebote, Berrío bateu de primeira, mas o zagueiro Sojo salvou de cabeça, em cima da linha.

Antes do jogo houve homenagem às vítimas da tragédia da Chapecoense. Os jogadores das duas equipes fizeram um minuto de silêncio, posicionados no círculo do meio de campo.

Campeão da Libertadores de 2016, o time colombiano teria sido o adversário da Chapecoense na final da Copa Sul-Americana e foi quem pediu à Conmebol que reconhecesse o clube de Santa Catarina como campeão do torneio. A onda de solidariedade e carinho na Colômbia, em razão do acidente que matou 71 pessoas no Cerro Gordo, perto de Medellín, aproximou a torcida brasileira do Atlético Nacional.