O Ministério da Justiça negou a ocorrência de reunião com o ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, para tratar da criação de um cadastro de organizadas, como afirmou o peemedebista em entrevista ao ?Redação Sportv?, nesta sexta-feira.
Questionado a respeito da violência entre as torcidas, Picciani afirmou que teria feito um encontro para debater a criação do Cadastro Geral das Torcidas, uma ideia que o futebol brasileiro espera ao menos desde 2013.
? Na semana passada fizemos longa reunião com o Ministério da Justiça, e decidimos que faremos um cadastro das organizadas ? disse o ministro.
No entanto, procurado pelo GLOBO, a Justiça informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não há registro de nenhum encontro recente entre o órgão e a pasta de Picciani. Desde o afastamento de Alexandre de Moraes, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-secretário executivo José Levi assumiu o comando do Ministério da Justiça.
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Questionada pelo GLOBO sobre detalhes da reunião, a assessoria do Ministério do Esporte não soube determinar em que dia tal encontro teria acontecido.
A parceria entre as pastas para combater a violência em estádios demora a sair do papel. Em 2013, durante a gestão Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo (Justiça) e Aldo Rebelo (Esporte) surgiram com a ideia de identificar os membros de torcidas conforme sua periculosidade, presente no Estatuto do Torcedor.
Em fevereiro de 2015, a pasta do Esporte estava a cargo de George Hilton, que prometia criar o cadastro até o fim do ano. No mesmo ano, a Comissão Nacional de Prevenção da Violência e Segurança nos Espetáculos Esportivos (sob a sigla Consegue) realizou duas reuniões.
Formada por membros dos dois ministérios e de outros setores ligados ao futebol e seu policiamento, a turma multidisciplinar chegou anunciar um documento que unificava as ações das polícias Civil e Militar e dos Corpo de Bombeiros envolvidos em eventos esportivos. Mas nenhum outro avanço saiu das conversas.
