RIO ? Amanhã vai ser outro dia. Este era o pensamento do judô brasileiro quando, no sábado, a então campeã olímpica Sarah Menezes e o bronze em Londres Felipe Kitadai frustraram algumas das melhores expectativas de medalha no tatame do Rio-2016. Nada feito. Érika Miranda perdeu nas quartas de final e Charles Chibana caiu logo na estreia.
Na categoria até 52 kg, a judoca Érika estreou na Arena 2 do Parque Olímpico com vitória: imobilizou a tunisiana Ayari Hela para a alegria da torcida, motivada pela técnica da atleta, Rosicleia Campos. A segunda batalha seria contra a chinesa Ma Yingnan, que derrotara antes a portuguesa Joana Ramos. Por um waza-ri, o sonho do pódio no Rio ficou mais distante, mas não acabou: Érika, número 4 do mundo, volta à arena para disputar a repescagem contra a romena Andreea Chitu, vencida pela italiana Odette Giuffrida.
Quem não mais pode sonhar com medalha é Charles Chibana, estreante em Jogos Olímpicos. O campeão do Pan-Americano de 2015 perdeu na primeira luta dele na categoria até 66 kg. Mas é exagero listar como fracasso. O adversário, o japonês Masashi Ebinuma, tricampeão mundial e medalhista de bronze na edição londrina, imobilizou o brasileiro após um início de luta truncado, sem abertura à técnica dos dois.
O desafio dos brasileiros na briga por medalha no judô
No sábado, Sarah Menezes deu adeus à busca do bicampeonato olímpico na categoria até 48 kg. Começou com vitória, sobre a belga Charline Van Snick, mas foi derrotada pela cubana Dayaris Mestre Álvarez nas quartas de final. Na repescagem, luxou o cotovelo em luta contra a número 1 do mundo, a mongoliana Mönkhbatyn Urantsetseg.
Já Felipe Kitadai não conseguiu repetir o feito de Londres, onde subiu ao pódio com o bronze. Embora avançasse na competição ao vencer as duas primeiras lutas, perdeu para o azeri Orkhan Safarov e para o uzbeque Diyorbek Urozboev ? que, mais tarde, ganharia a terceira colocação. Kitadai foi apenas o sétimo.