São Paulo – Basta olhar para o gramado para perceber que as casas de apostas dominaram o cenário dos patrocínios. Atualmente, camisas de times, placas e até mesmo nomes de competições oficiais estampam marcas das mais diversas casas de apostas. Tudo para chamar a atenção de pessoas que sonham em faturar arriscando a sorte nas mais variadas formas de palpites, que podem pagar até por escanteios ou pênaltis em um jogo.
O resultado é que muitos apostadores começaram a aliciar jogadores para que dentro de campo contribuíssem para alguns números. Uma investigação já detectou fraudes na Série B de 2022. Agora, o Ministério Público pretende estender os olhares para as demais divisões e para os campeonatos estaduais, incluindo as divisões inferiores onde a chance de descoberta é menor por conta da pouca divulgação. Mensagens obtidas pelo MP apontam para pagamentos feitos já em 2023 a jogadores de quatro estados – Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
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Na Série B, os jogadores envolvidos no esquema foram Romário, ex-Vila Nova, Mateusinho, ex-Sampaio Corrêa e que atualmente está no Cuiabá, e Joseph, do Tombense. Além deles, o volante Gabriel Domingos, do Vila Nova, teria emprestado a conta a Romário para o recebimento do sinal de R$ 10 mil. Em caso de êxito na aposta, os três jogadores diretamente envolvidos receberiam mais R$ 140 mil, totalizando R$ 150 mil para cada. Houve pênaltis marcados nos jogos entre Criciúma e Tombense e Sampaio Corrêa e Londrina, cometidos por Joseph e Mateusinho, porém, não houve pênalti marcado no jogo entre Vila Nova e Sport, o que impediu o sucesso da aposta. Romário não foi escalado.
As apostas suspeitas eram feitas em diversos sites. Hoje esse tipo de jogo já é legal no Brasil, mas ainda carece de regulamentação. A investigação não foca nessas casas de aposta por entender que elas só têm a perder com o esquema: os envolvidos apostavam altas quantidades sabendo que iriam ganhar, causando prejuízo para elas.
