Muitos já se disse sobre o tal ?grupo da Morte?, o Grupo B, em que está o Brasil. Mas nem as mais ousadas previsões poderiam colocar a Espanha, prata nos últimos dois Jogos, como candidata à primeira vítima. Cada um com seus problemas. Enquanto os espanhóis tentam a primeira vitória hoje, contra a Nigéria, às 19h, o Brasil volta à quadra mais cedo, às 14h15m, para enfrentar a Croácia, de preferência com o apoio da torcida, que virou marca do time. Links basquete
? Temos que saber jogar com o calor do público. A intenção deles é ajudar, mas a gente tem que usar a euforia sem deixar que atrapalhe, sem acelerar demais ? avalia o armador Marcelinho Huertas, principal jogador na vitória sobre a Espanha. ? O público tem papel importantíssimo, e vamos precisar cada dia mais. Ali na quadra, nós nos sentimos de uma maneira leve e solta.
OLHO EM BOGDANOVIC E SARIC
O jogo é fundamental para o Brasil porque, não bastasse o equilíbrio do grupo, ninguém quer ficar com a quarta posição. O time mais mal classificado enfrentará nas quartas de final o primeiro colocado do Grupo A, que inevitavelmente será o Estados Unidos, maior candidato ao ouro. Às 22h30m, Argentina ? que tem carregado cerca de cinco mil torcedores a cada jogo ? e Lituânia, ambos invictos no Grupo B, se enfrentarão. Como um deles terá sua primeira derrota, o Brasil pode até terminar a rodada como segundo colocado. No sábado, jogam os rivais sul-americanos, em jogo cercado de expectativa e atenção com relação à segurança, e a fase grupos termina contra a Nigéria, na segunda-feira.
Se contra a Espanha o principal alvo da torcida foi o pivô Pau Gasol, dessa vez a arquibancada tem tudo para escolher dois adversários para pegar no pé. Os alas Bojan Bogdanovic, de 27 anos, do Brooklyn Nets, e Dario Saric, de 22, do Philadelphia 76ers, estão entre os três jogadores que ficam mais tempo em quadra nessa Olimpíada, mais de 32 minutos por jogo. No Brasil, o técnico Rubén Magnano aposta das constantes trocas de jogadores, e o ala Leandrinho é o que mais tempo atua: 26 minutos por jogo.
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A aposta do técnico Aleksander Petrovic nas duas referências tem explicação. Com 20,5 pontos por jogo, Bogdanovic é o terceiro maior cestinha dos Jogos ? com 12,5, Leandrinho tem a melhor média brasileira. Com 8,5 rebotes por jogo, Saric é o quarto maior reboteiro da competição ? Augusto Lima vem logo atrás, com oito por partida.
Na noite de ontem, o time americano enfrentou seu primeiro adversário forte e em vários momentos ao logo do jogo, parecia que a Austrália poderia realizar o milagre. Mas, com 31 pontos de Carmelo Anthony, os EUA foram melhores no fim e venceram por 98 a 88.