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Brasileiro Jorge Zarif arrisca e fica em quarto lugar na estreia da classe Finn

201608091840382733_AFP.jpg RIO – O brasileiro Jorge Zarif começou bem a Olimpíada do Rio e terminou em quarto lugar o primeiro dia de regatas da classe Finn. Com duas largadas ruins, ele mostrou poder de recuperação para chegar em 4º e 6º nas provas. Ele soma 10 pontos, seis a mais que o líder de ranking geral, o esloveno Vasilij Zbogar. No segundo dia do Laser, Robert Scheidt voltou a mostrar irregularidade e caiu uma posição. Já no RS:X, a prancha a vela, os brasileiros se mantiveram entre os dez primeiros. Vela 09/08

Zarif precisou arriscar nesta terça-feira para se recuperar de um início ruim de prova, quando chegou a ficar em último. Ele contornou a primeira boia em vigésimo, e a segunda em 19º. Na terceira perna contra o vento, que não ultrapassou os 14 nós (25km/h), ele optou por repetir a escolha da largada e rumar para a esquerda. Apenas dois barcos o seguiram:

? Eu já tinha recuperado bastante, passei uns quatro ou cinco barcos, e acabou sendo (um movimento) arriscado porque eu fui sozinho. Mas eu achava que ia dar lá, e, às vezes, você precisa ter um pouco de sorte. Não gostaria de ter arriscado logo na largada da Olimpíada, mas deu.

Na segunda regata, Zarif só conseguiu alcançar os barcos na linha de frente na última boia, quando pulou de 14º para sétimo. A dificuldade de lidar com o vento fraco – classificado de instável por quase toda a flotilha ? fez o resultado ser considerado agradável pelo velejador:

? Lógico que você eu quero ganhar todas as regatas, mas sempre não dá. Ainda mais em uma raia bem difícil, como foi hoje. Não estou feliz, mas não dá para reclamar, de jeito nenhum ? disse Zarif.

Aos 23 anos, Jorge Zarif participa de sua segunda edição dos Jogos, depois de um ciclo olímpico surpreendente. Após a Olimpíada de Londres, em 2012, ele precisou operar o joelho e interromper os treinamentos. Mas, no ano seguinte, conseguiu um feito histórico: foi campeão mundial júnior e adulto.

SCHEIDT TEM OUTRO DIA IRREGULAR

O segundo dia de regatas do Laser foi marcado pela irregularidade de Robert Scheidt. Assim como na estreia, quando terminou em 23º e 1º as duas provas iniciais, o brasileiro bicampeão olímpico voltou a oscilar na Baía de Guanabara. Ele chegou em 27º na primeira regata desta terça e se recuperou na segunda, finalizando em quarto.

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Scheidt caiu uma posição no ranking geral: está em oitavo, com 28 pontos, já somado o descarte da pior nota. A classe é liderada pelo argentino Julio Algosaray, com sete pontos.

? Apesar de ter largado bem na primeira regata, eu não consegui executar meu plano de ir para a direita. Teve um velejador que me segurou muito, a gente acabou indo para o lado esquerdo da raia. O vento foi muito para a direita, e eu fiquei muito para trás. Infelizmente não consegui recuperar no (vento em) popa, que é o meu forte. E fiz uma regata ruim. A girada de vento para a direita fez um estrago na minha regata ? explicou Scheidt.

A brasileira Fernanda Decnop, do Laser Radial, fechou o dia em 23º, com 53 pontos. A liderança é da chinesa Lija Xu, que soma sete pontos.

PATRÍCIA FREITAS FAZ MELHOR REGATA E SEGUE ENTRE OS DEZ

Depois de estrear bem na segunda-feira, os brasileiros da classe RS:X, a prancha a vela, começaram o dia no mesmo nível, mas terminaram com resultados indesejáveis. Patrícia Freitas é a oitava do ranking, com 33 pontos, depois de ter registrado um segundo, um 13º e um 16º lugares. Ela teve problemas na largada da segunda regata, quando se chocou com uma adversária e perdeu o controle de sua vela, que caiu no mar. A italiana Flavia Tartaglini lidera com doze pontos.

Já Ricardo Winicki, o Bimba, foi terceiro na primeira regata, 16º na segunda, e 32º na última. Ele está em oitavo no ranking geral, com 41 pontos. O britânico Nick Dempsey é o primeiro, com nove pontos.

? A primeira foi muito boa, estava animado, fiz uma boa largada e cheguei a liderar a prova. Na segunda, optei por repetir a mesma estratégia e não deu certo. E na última não tinha condição de vento para ter regata. O vento girou 180º. Era óbvio que não tinha condição. É uma pena treinar também tempo para a comissão de regata ficar com preguiça de trabalhar amanhã – disse Bimba.

A classe RS:X não terá regatas na quarta-feira. Os velejadores voltam a competir na quinta.

O sistema de pontuação da vela é definido pela posição do atleta na chegada. O velejador que termina uma regata em primeiro soma um ponto, o segundo colocado soma dois, e assim por diante. Antes de ir para a última prova, a regata da medalha, que tem pontuação duplicada e reúne apenas os dez melhores, os velejadores podem descartar seu pior resultado. O ouro fica com quem acumular a menor soma de pontos ao final.

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