RIO – A piscina com a água verde no Parque Aquático Maria Lenk chamou a atenção do público deste a tarde de terça-feira, mas, para os atletas que estão disputando as provas de salto ornamental, o fato não chegou a ser um problema. Pelo menos foi a opinião de alguns dos saltadores ouvidos após a final do trampolim de 3m sincronizado. Água verde
? Salto ornamental é um esporte de muita plasticidade, então, para o público que está assistindo pela TV ou aqui na arquibancada, pode ficar meio feio a água dessa cor. Mas para a gente é irrelevante, não teve nenhum problema ? disse o brasileiro Luiz Felipe Outerelo, que, ao lado de Ian Mattos, ficou em 8º entre as oito duplas participantes.
O americano Sam Dorman, medalha de prata junto de Mike Hixon, também minimizou o problema:
? Nós sabíamos que não oferecia risco nenhum. As condições eram boas, e estavam iguais para todos.
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O único incidente na final foi a reclamação da dupla do México, que pediu para repetir um salto alegando ter sido atrapalhada pelo acendimento de refletores do Maria Lenk bem na hora em que iam saltar. O pedido foi negado pelos árbitros.
? A luz me atrapalhou, acendeu bem na hora. Mas não saltamos bem. Quanto à cor da água, tanto faz se é azul, verde, amarela, ou laranja ? brincou Rommel Pacheco, que ficou em 5º lugar junto de Jahir Ocampo.
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O Comitê Rio-2016 reconheceu na manhã desta quarta-feira que falhou na manutenção da piscina e prometeu que o azul da água voltaria ainda nesta quarta, mas não foi o que aconteceu até o início da noite.
CHUVA E VENTO
A final do trampolim sincronizado também foi disputada sob vento e chuva. Ao contrário do que a Federação Internacional de Esportes Aquáticos (Fina) havia pedido ao Rio, a prefeitura e o Comitê Rio-2016 decidiram não construir uma cobertura no Maria Lenk, para economizar os gastos de reforma numa instalação que já estava pronta.
Todos os atletas questionados sobre as condições climáticas também não reclamaram da chuva.
? Estava chovendo para todos, nosso problema foi não ter feito nosso melhor salto. Não teve grande problema ? disse o chinês Qin Kai, bronze ao lado de Cao Yuan.
? O fato de estar chovendo não representou risco para a gente. Todo mundo salta com o trampolim molhado, é assim mesmo. Ele tem um piso áspero, com pequenos sulcos, que garante a aderência ? disse o brasileiro Ian Mattos.
A medalha de ouro ficou com a dupla Chris Mears e Jack Laugher, da Grã-Bretanha.
