RIO – Os atletas da seleção brasileira masculina de vôlei ficaram incomodados com o ar gelado do ar-condicionado do Maracanazinho, onde treinaram nesta quinta-feira. Além disso, os jogadores sentiram o impacto do vento forte na quadra, algo que pode prejudicar a trajetória da bola, segundo eles.
– Senti um pouco. Quando tem uma defesa e a bola vai muito alta, ela vem variando um pouco e daí você fica meio, (movimenta a cabeça para mostrar que fica confuso), e agora? – disse Bruninho, que afirma que o ideal é não pensar muito nisso. – Se pensar muito, para querer dar a bola ainda mais precisa, você pode cometer algum erro. Mas, no geral, foi ótimo o treino para se ambientar. As luzes estão ótimas.
William concordou:
– Senti um pouco em relação ao ar-condicionado. Está um pouco forte, a bola mais alta vem variando, sofri um pouquinho. Não sei se vai estar ligado nesta intensidade, mas é bom ficar esperto – falou William. – Eu dei um toque no Bernardo, fiz bolas a mais para sentir se era bem isso, Dá uma variadinha sim. Dá para ver pelas bandeiras que o vento está bem intenso. Acho que o pessoal da praia se adaptaria melhor do que eu. Mas tranquilo, a gente vai se adaptar. Se for dessa maneira, vamos sofrer no começo.
O técnico Bernardo brincou que se fosse ele em quadra, estaria ferrado porque não se considerava talentoso nessa posição:
– Quando entrei, já senti (o vento). Como era ruim levantando, qualquer coisa me atrapalhava. Eu não ia conseguir levantar, não – brincou o treinador. – Foi a mesma sensação que tive em Atenas, em 2004. O vento era impressionante. E olha que eu tinha o Maurício e o Ricardo. E a bola não chegava. Mas o problema é geral. Preocupa um pouco mas é para todo mundo.
Segundo Giovane Gávio, responsável pelo vôlei no Comitê Rio-2016, o Maracanazinho está reformado para os Jogos Olímpicos e o ar-condicionado foi todo trocado. O equipamento está “turbinado”, segundo ele.