Economia

Supermercadistas paranaenses estão otimistas para as vendas de Natal e para 2020

Este otimismo pode ser explicado por um conjunto de fatores, como a redução da inflação, a queda da taxa de desemprego, a liberação de saques do FGTS, o recebimento do décimo terceiro salário, além da proximidade com as festas de fim de ano, que aquecem naturalmente as vendas nesta época.

Supermercadistas paranaenses estão otimistas para as vendas de Natal e para 2020

O Natal é o responsável pelo maior pico de vendas do setor supermercadista, mas, apesar da alta natural, a Apras (Associação Paranaense de Supermercados) está confiante de que o crescimento seja 6% maior que o de 2018.

Segundo pesquisa realizada em novembro pelo Datacenso, Instituto parceiro da Apras, os comerciantes curitibanos esperam alavancar suas vendas em aproximadamente 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado, corrigido pela inflação acumulada dos últimos 12 meses de 2,54%.

Este otimismo pode ser explicado por um conjunto de fatores, como a redução da inflação, a queda da taxa de desemprego, a liberação de saques do FGTS, o recebimento do décimo terceiro salário, além da proximidade com as festas de fim de ano, que aquecem naturalmente as vendas nesta época.

Segundo o presidente da Apras, Pedro Joanir Zonta, finalmente o setor supermercadista está otimista e mais confiante para realizar investimentos. “As vendas neste final de ano já devem sinalizar o ano que teremos em 2020. Caso as nossas expectativas de crescimento sejam atingidas, iniciaremos o ano com mais otimismo e prontos para realizar novos investimentos, o que vai gerar mais emprego e renda, o que vai ajudar o país a se recuperar economicamente”, afirma.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) apresentou o melhor resultado registrado no mês de outubro desde 2011.

A variação mensal do indicador no Paraná teve alta de 0,8%, mas o grande destaque ocorre em relação a outubro do ano passado, com elevação de 17,5%.

Apesar da leve redução nas Condições Atuais do Empresário do Comércio (-0,3%) em relação a setembro, a avaliação do empresariado sobre a economia, setor comercial e situação atual da empresa é 37,3% superior à verificada em outubro de 2018.

O desempenho da economia no ano de 2019, segundo os comerciantes entrevistados pelo Datacenso, apresentou um resultado melhor que em 2018 e acreditam que 2020 será melhor que 2019, visto que os indicadores recentes da atividade econômica evidenciam, mesmo que de forma lenta, o início da recuperação da economia brasileira.

Segundo as estimativas da Pesquisa Focus, do Banco Central, houve um crescimento de 0,92% em 2019, enquanto em 2020 a taxa esperada mais que dobra, com a previsão de 2,17%.

Ainda, de acordo com a tabela acima, as Expectativas do Empresário do Comércio aumentaram 1,5% na variação mensal e 13,03% na variação anual. Já as intenções de Investimentos do Empresário do Comércio cresceram 0,7% de setembro para outubro e 10,1% em relação ao mesmo mês do ano passado.

“O Grupo Datacenso traz pesquisas que comprovam o ânimo por parte do empresariado, que está alinhado com o novo momento econômico do país para 2020, e que agora está mais disposto a investir no país. Novos investimentos em produtos, serviços, tecnologias, inovações e ações que valorizem e promovam o ser humano será o desafio para o próximo ano. É necessário unir e cooperar para construir uma marca e negócios mais sustentáveis a partir de agora”, destaca o CEO do Instituto Datacenso, Claudio Shimoyama.

CONSUMIDORES

Os consumidores curitibanos também estão animados. Na hora de ir às compras, pretendem gastar em média R$ 107,00 por presente, ou seja, mais que em 2018, apresentando um aumento de 15% no tíquete médio.

Segundo a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), do mês de novembro, os paranaenses estão retomando o ritmo de consumo, onde houve avanço de 2,6% em relação ao mês de outubro e cresceu 8,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Esse foi o melhor mês de novembro dos últimos cinco anos e reforça a ideia de que a economia está melhorando e que as famílias estão mais entusiasmadas com as compras, afirma Shimoyama.