Cascavel – Em julho de 2020, o oeste, o Paraná e o Brasil começavam a se recuperar do baque que tinham sido os três meses anteriores, com milhares de postos de trabalho fechados devido à pandemia que assolava o mundo.
A partir daquele julho, os meses seguintes foram de resultados positivos, à exceção de dezembro, que deu novo susto. Os números foram negativos no oeste (-1.133), no Paraná (-11 mil vagas) e no Brasil (-111,4 mil).
Contudo, 2021 vem somando resultados positivos e no oeste não é diferente. Tanto que os 50 municípios da região geraram em julho 2.315 novos postos de trabalho, alta de 129% na comparação com julho de 2020 (já com ajustes). Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados ontem.
De janeiro a julho deste ano, a região oeste acumula 18.459 empregos abertos com carteira assinada, dos quais quase 36% são apenas de Cascavel (6.690), o melhor desempenho da região, seguido por Toledo, com 3.506 novos postos de trabalho, e Medianeira (1.514). Foz do Iguaçu, que teve o setor de turismo bastante castigado pela pandemia e suas medidas de contenção, soma 1.333 novas vagas neste ano.
Considerando apenas julho, Cascavel também lidera, com 720%, exatamente o dobro de julho de 2020. Os dados completos por mês e por cidade você confere abaixo:
Paraná
O Paraná teve um saldo positivo de 14.492 empregos formais no mês de julho, resultado de 123.891 admissões contra 109.399 desligamentos no período. As cidades que mais geraram empregos foram Curitiba, com um saldo de 4.440; Maringá, com 1.009; Londrina, 859; e Cascavel com saldo de 720 empregos com carteira assinada.
Serviços puxa saldo estadual
A indústria continua gerando empregos no Paraná, mas em menor proporção. Em julho, o setor contratou 2.844 trabalhadores dos 14.492 novos postos de trabalho criados no Estado, que teve boa recuperação nos setores de serviços (7.348) e comércio (3.401).
Na indústria, o resultado de julho ficou 25% abaixo do registrado que o de junho e 57% menor que o do mesmo mês de 2020. No ano, o setor industrial acumula saldo de 37.455, seis vezes mais que o do ano passado.
Dos 24 segmentos da indústria avaliados, apenas três demitiram mais do que contrataram em julho: fumo, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, e fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos. O setor alimentício liderou o ranking dos melhores com mais de 800 novas admissões. Seguido por madeira (383), confecções e artigos do vestuário (351), móveis (339) e automotivo (266).
Brasil cria 316 mil postos de trabalho formal em julho
O Brasil registrou saldo de 316.580 novos trabalhadores contratados com carteira assinada em julho de 2021, resultado de 1.656.182 admissões e 1.339.602 desligamentos. De acordo com o Novo Caged, o salário médio de admissão caiu 1,25% na comparação com o mês anterior, situando-se em R$ 1.801,99.
No acumulado do ano, o País registra saldo de 1.848.304 empregos, decorrente de 11.255.025 admissões e de 9.406.721 desligamentos. O estoque nacional de empregos formais, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, relativo a julho ficou em 41.211.272 vínculos, o que representa uma variação de 0,77% em relação ao estoque do mês anterior.
A Região Sudeste foi a que gerou mais postos de trabalho, com saldo de 161.951 vagas, 0,77% a mais que junho. No Nordeste, foram criados 54.456 postos (+0,83%); na Região Sul o saldo também ficou positivo (42.639 postos, +0,55%), a exemplo do Centro-Oeste (+35.216 postos, +1,01%) e do Norte (+22.417 postos, +1,18%).
Matéria atualizada às 7h33.