As medidas anunciadas na noite de quinta-feira, pelo governo, com o propósito de conter a alta dos alimentos, foram refutadas pela FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária). A entidade aponta desequilíbrio fiscal e aproveita para chamar a atenção sobre a implementação de políticas estruturante para o agronegócio.
No entendimento da FPA, a redução mais eficiente para combater a inflação de alimentos é a colheita da safra brasileira que ocorre nos próximos meses e a correção de ações que impactam diretamente o custo de produção no Brasil.
FPA
Em nota, a FPA chama a atenção para alguns pontos importantes. Para a entidade, o problema da inflação não é a oferta de alimentos. “O governo federal tenta criar a narrativa de buscar soluções, quando o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação”.
Ainda conforme a FPA, não é transferindo o ônus de bancar o desequilíbrio do gasto público do governo para os produtores rurais que o brasileiro terá uma comida mais barata e uma produção economicamente viável. “As medidas apresentadas pelo governo federal são pontuais e ineficazes para efeito imediato, especialmente quando se gasta recurso interno ao zerar impostos para produtos importados, sem garantir o reforço ao apoio da produção brasileira”.
A Frente Parlamentar da Agropecuária ressalta a necessidade de iniciar as tratativas do novo Plano Safra 25/26, com a garantia de implementação total de recursos, do acesso pleno e com juros adequados aos produtores rurais brasileiros. “Aguardamos ainda um retorno do governo federal sobre as medidas estruturantes de curto e médio prazo apresentadas pela FPA, em conjunto com o setor produtivo nacional, na última sexta-feira (28), ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil”, encerra a nota.
Setor produtivo
Para grande parte do setor produtivo, as medidas são inócuas, como por exemplo, baixar o imposto de importação. O próprio Ministério da Agricultura já admitiu que o impacto na renúncia fiscal será módico, diante do volume pequena de importação. Isso sem contar da concorrência desleal para a entrada de produtos sem impostos.
Outro ponto: o governo afirmou q eu pedirá aos estados para reduzir o imposto dos produtos da cesta básica. Isso já é feito por grande parte dos estados, inclusive o Paraná.