Cotidiano

Saúde acompanha e apoia estudos da vacina que combatem a dengue

Dengue

 

Brasília – O Ministério da Saúde está acompanhando os estudos relacionados à vacina contra a dengue no Brasil e no exterior, que ajudarão a compreender os avanços do imunizante no futuro. A vacina foi incorporada ao SUS (Sistema Único de Saúde) em dezembro do ano passado, tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecê-la no sistema público universal. Por conta da capacidade limitada de produção do fabricante, no entanto, a vacinação não será feita em larga escala em um primeiro momento.

Uma das pesquisas em andamento e monitorada pela Saúde, ocorre no município de Dourados, estado do Mato Grosso do Sul e é liderada pela UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), em parceria com o fabricante da vacina. O estudo que é coordenado pelo professor e pesquisador Júlio Croda, um dos especialistas colaboradores da CTAI (Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização), tem como expectativa vacinar 150 mil moradores entre 4 e 59 anos deste estado. Os resultados sobre a efetividade da iniciativa serão conhecidos ao longo dos próximos meses.

A vacina Qdenga é aprovada para a prevenção da dengue em indivíduos na União Europeia, Espaço Econômico Europeu, incluindo todos os Estados-Membros da UE e Irlanda do Norte, bem como países do EEA (Islândia, Liechtenstein, Noruega) e Grã-Bretanha. Nestes países, a orientação é vacinar os viajantes para áreas endêmicas. Indonésia e Tailândia também aprovaram o registro da vacina assim como a Argentina, que ainda não incorporou o imunizante ao sistema de saúde local.

No Brasil, o PNI (Programa Nacional de Imunizações) contará com a ajuda dos especialistas da CTAI para definir as estratégias dos públicos e locais prioritários, já que o esquema vacinal exige duas doses com um intervalo de três meses. A vacina é mais uma estratégia entre as várias frentes que o Ministério da Saúde está adotando para mitigar os efeitos da chegada do verão sobre os casos de dengue no país.

Para combater o aumento da doença, a Saúde vai investir R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das arboviroses. A Sala Nacional de Arboviroses, espaço permanente que vai permitir o monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência de dengue, chikungunya e Zika, também foi inaugurada. Segundo dados do Ministério da Saúde, ao longo de todo o ano de 2023 foram notificados 1.658.816 casos da doença e 1.094 óbitos em decorrência da dengue.

A infecção por dengue gera uma doença que pode ser assintomática ou apresentar formas mais graves, evoluindo ocasionalmente ao óbito. A forma viral clássica envolve sinais e sintomas como fraqueza muscular, sonolência, recusa da alimentação e de líquidos, vômitos, diarreia ou fezes amolecidas.