Cotidiano

Amigo de menino morto muda versão e contradiz PM

SÃO PAULO – SÃO PAULO. O menino de 11 anos que acompanhava o garoto de 10 anos morto por policias militares após roubar um carro no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, na noite de quinta-feira, mudou, em novo depoimento, a versão inicial e disse que os disparos contra o seu amigo foram dados após ele ter se rendido.

No primeiro depoimento, dado na noite de quinta-feira, o menino de 11 anos havia afirmado que o seu amigo fez dois disparos contra policiais com o carro em movimento e um terceiro depois da batida do veículo contra um ônibus. Na nova versão, ele afirmou que os três disparos ocorreram antes da batida, segundo o advogado Ariel de Castro, membro do conselho estadual de direitos humanos, que acompanhou o depoimento.

– No desfecho, não houve confronto – afirmou Ariel.

No depoimento da noite desta sexta-feira, o garoto contou ainda que levou um tapa na cara de um dos policiais e que foi ameaçado. Ainda segundo o advogado, o PM teria dito a ele, após a abordagem, que ele precisaria indicar o local onde estava a sua mãe e se ele não tivesse mãe, seria morto.

O DHPP ofereceu ao garoto e à sua mãe a possibilidade entrarem no programar de proteção à testemunha.