BRUXELAS – A Volkswagen rejeitou um esforço da Comissária Europeia para Consumo e Justiça, Vera Jourova, para obter compensação financeira para os quase 8,5 milhões de proprietários de carros a diesel afetados pelo escândalo de poluição da empresa. Para a montadora, os reparos nos veículos são suficientes.
Diferentemente do que aconteceu nos Estados Unidos, consertos foram aprovados por órgãos europeus para a maior parte dos carros equipados com o software defeituoso, alega a Volks em carta enviada à comissária em 7 de setembro à qual a Bloomberg teve acesso. A companhia está pagando pelo recall e confirmando que as mudanças não afetam o consumo de combustível, a aceleração ou o barulho do motor.
?Nós, portanto, acreditamos que não há espaço ou necessidade para compensação adicional?, diz a carta, assinada por Thomas Steg, chefe de relações públicas e sustentabilidade na Volkswagen. A informação foi relatada inicialmente pelo jornal alemão ?Die Welt?.
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A fraude da Volkswagen em testes de emissão de poluentes reverberou pelo mundo desde que emergiu há um ano. Após concordar com generosos acordos de indenização nos Estados Unidos, incluindo a recompra de carros afetados, Jourova buscou pressionar a companhia a pagar clientes europeus. Na sexta-feira, ela se reuniu com 31 grupos de clientes para discutir o caso.
?Quero garantir que os consumidores recebam um tratamento justo?, disse a autoridade em comunicado. ?Isso foi um primeiro passo importante e essa cooperação continuará. Conversarei sobre isso com grupo Volkswagen e com autoridades executivas?.
Os consumidores europeus enfrentam várias desvantagens em comparação com os clientes americanos. A União Europeia não está permitida de fazer a Volkswagen pagar pelos danos. Com a saída do Reino Unido do bloco em desenvolvimento, é improvável que os estados-membros transfiram maior poder à Comissão Europeia. A falta de ações coletivas europeias é outro contratempo. Há poucos mecanimos para reunir reclamações, e a maioria das pessoas precisa entrar com processos individuais em tribunais locais, minando a influência nas negociações com a VW.
