O guarda municipal de Londrina, no norte do Paraná, suspeito de matar duas pessoas e ferir outras três foi preso em Maracaí, no estado de São Paulo, na manhã desta terça-feira (4). Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil, Osmir Ferreira Neves, o homem foi preso com um carro que ele roubou para fugir da cidade e uma arma da Guarda Municipal que teria sido utilizada para cometer os crimes.
De acordo com o delegado-chefe de Londrina, na tarde de segunda-feira (3), o agente foi até a Guarda Municipal, bateu o cartão e pegou uma arma do órgão. Com a arma em mãos, ainda segundo Neves, o suspeito seguiu até o escritório da atual mulher, e como não a encontrou, atirou contra a sócia dela. A vítima morreu no local do crime. Anteriormente, a Polícia Civil havia informado que mulher que morreu era sócia de uma ex-companheira do agressor, mas durante as investigações a polícia descobriu que, na verdade, a empresa pertencia a atual companheira dele.
Depois de cometer o primeiro homicídio, o suspeito seguiu até a casa de uma ex-companheira e lá fez novos disparos. O suspeito atirou contra o pai, a mãe, o avô e o filho dela. O menor, de 17 anos, morreu no local. A mãe e o avô foram levados em estado grave para o hospital, já o pai está internado em estado gravíssimo.
“Aparentemente, a ação criminosa praticada por esse rapaz foi premeditada na medida que ele foi até a Guarda Municipal para pegar uma arma de fogo, e também quando buscava a fuga dos locais onde praticou os crimes. Ele [suspeito] praticou vários roubos de veículos para dificultar a ação policial”, diz o delegado-chefe Osmir Ferreira Neves.
O guarda municipal estava afastado das funções até esta segunda-feira. De acordo com o secretário de Defesa Social, Evaristo Kuceki, o agente tinha um atestado médico.
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“Ontem acabou o período de afastamento médico, e ele se apresentou ao trabalho. Conforme decisão judicial, a juíza determinou que ele poderia usar arma apenas durante o serviço, e não fora do trabalho. Recebemos uma orientação da promotoria que era para ficarmos atentos, para tomarmos cuidado com ele. Até esse momento, ele não tinha antecedente de violência, era um funcionário respeitado. Ninguém imaginaria que ele se tornaria um criminoso”, explicou Kuceki.
O secretário de Defesa Social relatou que o agente não tinha punições por agressões à mulheres. A única sanção que recebeu foi por ter xingado verbalmente um médico. A decisão desse caso foi tomada na segunda-feira, ainda conforme Kuceki. Este afastamento tem prazo de 45 dias.
A Polícia Civil detalhou ainda que outras mulheres já haviam relatado na delegacia da Mulher que teriam sido agredidas ou ameaçadas pelo suspeito. Havia também medidas protetivas contra o guarda municipal.
“Nós cumprimos um mandado de busca na residência do suspeito, justamente no intuito de apreender arma de fogo que estivesse irregular. Na ocasião não encontramos nada. Temos registros de mulheres que foram ameaçadas ou agredidas por ele por ciúmes”, pontuou o delegado-chefe de Londrina.
O suspeito será transferido para Londrina, onde ficará preso.
