Economia

Arrecadação federal bate recorde para março, com alta de 18,5%

Em relação a fevereiro deste ano, houve aumento de 7% no recolhimento de impostos

Arrecadação federal bate recorde para março, com alta de 18,5%

Brasília – A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 137,932 bilhões em março. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 18,5% na comparação com o mesmo mês de 2020.

Em relação a fevereiro deste ano, houve aumento de 7% no recolhimento de impostos. O valor arrecadado no mês passado foi o maior para meses de março da série histórica, que tem início em 1994.

De acordo com a Receita Federal, o comportamento da arrecadação de março decorre, entre outros fatores, de arrecadações extraordinárias de IRPJ/CSLL (+R$ 4 bilhões) e do crescimento real de 50% da arrecadação dos tributos sobre o comércio exterior.

No acumulado do ano até março, a arrecadação federal somou R$ 445,900 bilhões, também o maior volume para o trimestre da série iniciada em 2007. O montante ainda representa avanço real de 5,6% na comparação com os primeiros três meses do ano passado. O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou o resultado da arrecadação em março e no primeiro trimestre deste ano. Segundo ele, os bons números mostram que a atividade econômica estava se recuperando novamente, mas acrescentou que a segunda onda da covid-19 pode ter impacto no nível de atividade.

“Estamos observando que os índices de atividades econômica do BC vieram bem acima do esperado, mostrando recuperação em todos os setores, até mesmo o comércio superando a fase pré-pandemia. E índices de emprego formal mostram que o Brasil se levantou. Foi derrubado pela pandemia, mas se recuperou”, disse Guedes.

Segundo ele, é preciso acelerar o ritmo de vacinação para permitir um retorno seguro ao trabalho. “A melhor política fiscal [para as contas públicas] é vacina, vacina e vacina. Porque temos de garantir o retorno seguro ao trabalho da população brasileira. É possível que haja um impacto da segunda onda”.

Ele disse que “novas camadas de proteção” à população, com o auxílio emergencial, programa de manutenção do emprego e crédito para microempresas, estão sendo adotados.

A empresários, Bolsonaro defende vacinação

Em um novo esforço para se reaproximar do setor empresarial, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu ontem com representantes do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e deu garantias tanto sobre o plano nacional de imunização quanto à agenda de reformas estruturais.

O encontro virtual foi coordenado pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, e teve a participação de empresários como Abílio Diniz (Península), André Gerdau (Gerdau), Fábio Coelho (Google Brasil) e José Ermírio de Moraes (Votorantim).

Em breve discurso, o presidente disse que não está preocupado com a CPI da Covid, criada na semana passada pelo Senado, e reclamou das decisões de governos municipais e estaduais que afetam a atividade econômica.

Bolsonaro ressaltou ainda que seu objetivo principal neste momento é acelerar a vacinação no País para retomar a economia, defendeu as reformas administrativa e tributária e sinalizou que pretende melhorar sua relação com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.