Um dos principais entraves para o desenvolvimento econômico de Umuarama é a necessidade de uma linha aérea entre Umuarama e Curitiba. O problema poderá ser resolvido de forma paliativa já nos próximos dias. Isso porque a operação poderá ser realizada por uma aeronave menor, do que vem sendo pleiteado pela administração municipal, que pretendia iniciar a rota com aviões que transportem 60 passageiros ou mais.
A solução temporária deverá ser aplicada até que o Aeroporto Municipal de Umuarama Orlando de Carvalho receba a homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para voos com aeronaves maiores.
A informação foi repassada ao Portal GRParaná pelo deputado Estadual Delegado Fernando Martins (PSL), depois de uma reunião com o diretor-presidente da Agência Paraná Desenvolvimento, José Eduardo Bekin, na capital do Estado.
De acordo com o parlamentar, que vem buscando junto ao governo alternativas viáveis para resolver o problema da falta de uma linha aérea na cidade, os voos poderão ser feitos pela empresa Twoflex, que poderá passar a operar voos regionais da Azul já nos próximos meses.
O deputado explica também que a operação será possível assim que a Azul Linhas Aéreas – que aguarda a autorização do Conselho de Desenvolvimento Econômico (CADE) para aquisição da Twoflex –, consiga a liberação para operar a empresa que foi adquirida pela Gol. “A ideia é iniciar a operação em Umuarama com o Cessna 208 Caravan de menor capacidade”, afirmou.
“Nós temos uma proposta para que a empresa possa começar a atuar já nos próximos dias. Pretendemos iniciar em cerca de um ou dois meses os voos comerciais entre Umuarama e Curitiba”, ressaltou Bekin.
Aviões maiores
O deputado também esteve com o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), apresentando a solução paliativa como uma estratégia de emergência, enquanto o aeroporto de Umuarama aguarda homologação para operar com aviões maiores, no caso da Azul, que pretende operar com o modelo ATR 72, que tem capacidade para transportar mais de 60 passageiros. “Esta é uma das demandas que levei ao governo do Estado para que os voos regionais se iniciem o mais rápido possível”, lembrou o deputado.
Orlando de Carvalho
Anunciado para ser entregue em setembro do ano passado, com toda a documentação ajustada para receber voos comerciais com aeronaves de capacidade para transportar 60 passageiros, até ontem o Aeroporto Orlando de Carvalho não havia sido liberado pela Anac. A intenção era iniciar os voos comerciais pela empresa Azul Linhas Aéreas com a aeronave ATR–72. A Agência Nacional de Aviação Civil precisa liberar o aeroporto, que necessita da instalação de alguns equipamentos essenciais.
Em 2019 a ANAC chegou a divulgar um documento que afirmava que o aeroporto de Umuarama estava sobrestado, ou seja, não havia apresentado documentação necessária e exigida para a finalização da certificação e liberação do espaço.
Ainda faltava também a instalação dos equipamentos de raio-x, esteireira, instalação da torre de comando e a retirada de um silo nas imediações do aeródromo, que é usado para estocar produtos agrícolas.
Equipamentos e mão de obra
No começo de dezembro de 2019 a prefeitura havia publicado em diário oficial do município, edital para contratação de empresa que seria fornecedora dos aparelhos de ar condicionado que deveriam ser instalados no terminal de passageiros.
Além disso também dependia da contratação de mão de obra especializada e de adequação na rede elétrica do aeroporto.
Um procedimento licitatório foi instaurado para a contratação do serviço de engenharia elétrica, sob regime de empreitada global para fornecer e material e mão de obra nos serviços de adequação junto a Companhia Paranaense de Energia (Copel).
Mudança no comando
A manutenção do aeroporto Municipal Orlando de Carvalho estava sob a responsabilidade da pasta de Indústria e Comércio, comandada por Douglas Bácaro, até a última terça-feira (4) quando, a pedido, foi exonerado do cargo. A responsabilidade passou para Luiz Genesio Picoloto, secretário Chefe de Gabinete e Gestão Integrada de Umuarama.
O prefeito Celso Pozzobom afirmou que a saída de Bácaro não foi gerada pela demora na homologação da Anaca para os voos comerciais em Umuarama, mas foi um pedido do ex secretário de Industria e Comércio que pleiteava pela exoneração desde o final de 2019.
Fonte: Tribuna Hoje News