Ao fazer críticas à receita que considera superestimada do Município de Cascavel, o vereador Pedro Sampaio (PSDB) questiona o déficit do ano passado.
O advogado comemora a atuação da Comissão de Justiça e Redação.
Já em relação à política, Sampaio lamenta a perda de representatividade de Cascavel em um momento de mudança – com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência e de Ratinho Júnior ao governo estadual. Confira.
HojeNews – Qual sua avaliação desses dois anos de mandato?
Pedro Sampaio – Atuamos com muita transparência e responsabilidade. Todo dia foi de aprendizado. Discutimos sempre respaldados na questão técnica. Dias melhores virão, temos muito a crescer entre os vereadores. As discussões na Câmara são acaloradas, mas sempre para o bem comum, isso faz parte do parlamento. É bom que seja assim. Cada um tem seu ponto de vista e isso deve ser respeitado.
HojeNews – Como foi ser alvo de críticas devido à sua atuação na Comissão Permanente de Justiça e Redação?
Sampaio – A Comissão não pode ver coração, tem que ser técnica. Foram emitidos mais de 320 pareceres. Nas análises dos méritos não pessoalizamos. Claro que o debate acaba sendo neste viés de que pessoalizamos e são envolvidas questões políticas, mas nunca foi essa a nossa conduta. Todas as discussões foram feitas de portas abertas, no plenário da Câmara, aberto aos vereadores e à população. Desejo que a próxima equipe faça o mesmo trabalho. A Comissão merece pessoas dedicadas, independente do lado que estejam. Cometemos erros? Pode-se dizer que sim, mas é discutível isso. O plenário é soberano para discussão. O vereador pode votar pelo parecer ou não. A Comissão sai fortalecida. Nunca na história teve tamanha atuação.
HojeNews – O que espera de Alécio Espíndola na presidência da Câmara?
Sampaio – Referendamos a presidência do Alécio [Espínola] e vamos apoiá-lo. Acredito que precisamos ajudá-lo a trabalhar pela Casa e não podemos ficar causando problemas. Devemos deixá-lo atuar. Ele terá muito trabalho neste período de pré-eleições, visto a proximidade com 2020. Precisamos de harmonia para as discussões e com o próprio Executivo. Como o presidente faz parte da base governista, esperamos que isso não interfira nas discussões, mantendo-se o mais isento possível.
HojeNews – E sobre o Governo Leonaldo Paranhos? Ano passado houve um questionamento sobre o déficit das finanças municipais…
Sampaio – Foi estimada uma receita de R$ 1,1 bilhão e arrecadado próximo de R$ 900 milhões, ou seja, um déficit de arrecadação [na Prefeitura de Cascavel]. Isso preocupa por conta de uma previsão superestimada da administração e isso deve impactar nas finanças, traz dificuldades ao próprio prefeito. Devemos acompanhar isso com muito cuidado, por conta dos repasses do Estado e da União.
HojeNews – Essas mudanças devem afetar a administração municipal?
Sampaio – O momento é de governo novo – tanto no cenário estadual quanto na esfera nacional -, então será que chegarão as verbas? Esperamos que sim! Perdemos uma representatividade grande de deputados que trouxeram emendas – Cascavel foi um dos municípios que mais receberam emendas parlamentares nos últimos dois anos. Então isso reflete no nosso futuro, principalmente nos dois anos restantes da administração municipal por conta da perda da representatividade parlamentar. Faço coro aos vereadores para que possamos auxiliar e buscar sensibilizar os novos eleitos.