Uma quantia mínima e que sequer cobre os custos com uma consulta. Apenas R$ 10 por consulta com especialista. É isso que se paga pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Este foi apenas um dos dados assustadores apresentados pelo chefe da 10ª Regional de Saúde, Miroslau Bailak, durante seu pronunciamento na Câmara de Vereadores de Cascavel ontem.
Ele foi chamado pela Comissão de Saúde, por meio do vereador Jorge Bocasanta, para explicar como funcionam as consultas especializadas e as cirurgias eletivas na cidade.
Para o chefe da Regional, a principal dificuldade é, justamente, com o repasse feito pelo Governo Federal. “Já questionamos o ministro da Saúde a respeito e ele nos disse: são dois milhões de consultas por dia. Se for ajustar um real para cada, já são dois milhões de reais a mais. E teria de ser muito mais do que isso. Acredito que falta o governo federal fazer sua parte”, avalia.
Exemplo
Notícias Relacionadas
Política
Ainda com vagas abertas Renato Silva ‘segura’ time de Paranhos para 2025
A última “Escola de Governo” da Prefeitura de Cascavel, sob o comando do prefeito Leonaldo Paranhos, espaço criado ainda em 2016, no seu primeiro mandato, serviu como palco para que o prefeito eleito, Renato Silva, ao lado seu vice, Henrique Mecabô, anunciassem mais alguns nomes da sua futura equipe de secretários. Apesar de ter estabelecido […]
ALEP
Traiano antecipa eleição da CCJ e comandará comissão em 2025
Em uma movimentação política que antecipa mudanças na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o deputado Ademar Traiano (PSD) foi eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para o biênio 2025-2026. A votação ocorreu na tarde de ontem (10) entre os membros da comissão, garantindo a Traiano a liderança do colegiado mais importante da […]
Para uma cirurgia de hérnia, por exemplo, paga-se R$ 400. Dinheiro que tem de ser o suficiente para pagar médico, anestesista, internamento, e demais serviços. Para um leito de UTI credenciado, são R$ 800 por dia. Com uma quantia tão pequena, a dificuldade em conseguir que os hospitais atendam pelo SUS. “O Brasil investe 400 dólares per capita ano com Saúde. Na França, são 4.500 dólares. Aí já dá para ver a diferença”, lamenta.
Na UPA
Os vereadores apresentaram diversos casos de pacientes que esperam há dias nas UPAs por um leito hospitalar. E até mesmo de paciente que ficou esperando por cirurgia no HU e não foi atendido. Miroslau atribui a um problema que começa a partir da falta de responsabilidade das próprias pessoas. “Muita gente fumando, ingerindo bebida alcoólica, não fazendo atividade física. Depois, o problema com a atenção básica. A UPA deveria atender até 70 pessoas por dia. Tem atendido mais de 200”, ressalta.
