Foz do Iguaçu – As audiências da Operação Pecúlio – que investiga um esquema de desvio de dinheiro na Prefeitura de Foz do Iguaçu – seriam retomadas ontem pela Justiça Federal mas foram suspensas e novas datas devem ser divulgadas.
Nesta etapa, devem ser ouvidos 98 réus da 5ª e da 6ª fase da Pecúlio denominadas: Operação Nepoti 1 e 2, deflagradas em 2016 e que levaram à prisão de 12 dos 15 vereadores da cidade.
A Nepoti investiga o pagamento de propina aos parlamentares em troca de apoio a projetos de interesse do ex-prefeito Reni Pereira (PSB). As últimas audiências da Operação Pecúlio aconteceram em maio.
O ex-prefeito Reni Pereira (PSB) ainda não tem data para ser ouvido. Ele responde na Justiça por mais de 400 ações criminosas e alega ser inocente em todas elas.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, ele seria o chefe de um esquema de desvio de dinheiro em obras públicas no Município. Conforme as investigações, um grupo formado por servidores, agentes políticos e empresários fraudava licitações para o asfaltamento de ruas e contratos na área da saúde envolvendo verbas públicas federais.
Reni Pereira aguarda o julgamento em liberdade após ter tido a prisão domiciliar revogada pelo STJ (Supremo Tribunal de Justiça).
A operação
A primeira fase da Operação Pecúlio foi deflagrada em abril de 2016, mas as investigações já haviam começado em 2014.
Além dos réus que devem ser ouvidos nessa fase, outras 85 pessoas já são réus de processo derivado das investigações da Operação Pecúlio.
Na ação penal que tramita na 3ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, os acusados respondem pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e fraude em licitações. Até o momento já foram deflagradas oito fases da operação e as investigações continuam.