Política

Ônibus escolares agora são rastreados

Previsto no início do certame, agora os ônibus passaram a contar com rastreadores

Reportagem: Josimar Bagatoli

O transporte escolar rural de Cascavel custou este ano R$ 6.326.739,89 aos cofres públicos, valor que corresponde a 1,2 milhão de quilômetros rodados para levar estudantes de casa à escola e depois de volta para casa com segurança. Esse montante foi dividido entre as três empresas que venceram a licitação ano passado: a Colibri Transportes e Turismo Eireli, a V.C. de Paula & Cia Ltda e a MLC Transportes Eireli – ME.

Previsto no início do certame, agora os ônibus passaram a contar com rastreadores. Serviço em uso há menos de um mês e que servirá como um apoio ao trabalho realizado pelos fiscais para verificar se “determinado veículo cumpriu o trajeto, se houve ou não possível desvio da rota, se o veículo foi vistoriado e está apto para a realização do transporte e se são registradas oscilações na rota do veículo”, conforme informou a Secretaria de Educação.

A cobrança pelo sistema ocorreu devido a uma apuração feita em 2017, pela Comissão Permanente de Educação da Câmara de Vereadores, que constatou contradições nas planilhas das antigas prestadoras de serviço: havia uma cobrança a mais de cerca de 30%. Por dia, havia um cálculo superestimado em 2,5 mil quilômetros e o prejuízo anual era de R$ 2 milhões.

Dois anos depois, o Município afirma que o rastreamento não servirá para calcular o percurso pago. “É importante esclarecer que o rastreador não servirá de base para o cálculo da quilometragem para fins de pagamento às empresas, considerando que, como o rastreador fica permanentemente no veículo, calcula inclusive a quilometragem percorrida da residência do motorista até o primeiro aluno e da mesma forma no fim do dia, mas o Município paga pela quilometragem percorrida com alunos”, explica a Secretaria de Educação.

São mais de 9 mil quilômetros percorridos por dia pelos veículos contratados. Em 2017, fiscais da Secretaria de Educação percorreram as linhas para confrontar a quilometragem que vinha sendo paga. “Naquele momento houve diferença na quilometragem aplicada e os valores pagos. Essa fiscalização se manteve e atualmente há pouca variação entre as linhas e geralmente em decorrência da mudança de alunos. No entanto, quando um aluno deixa de utilizar o transporte escolar rural, outro passa a utilizar o serviço, por isso a quilometragem não muda muito”, acrescenta a secretaria.

Valores contratados

Pelos contratos em vigor, os valores ficaram assim definidos para dois anos: Colibri Transportes e Turismo Eireli responsável pelos lotes 1 (R$ 2.399.120), 3 (R$ 2.712.752), 4 (R$ 1.649.956) e 6 (R$ 1.241.424); a V.C. de Paula & Cia Ltda pelo lote 2 (R$ 5.144.028) e a MLC Transportes Eireli – ME pelo lote 5 (R$ 6.696.692).